Questão 44946

(FUVEST - 2006) Uma pequena esfera, com carga elétrica positiva Q = 1,5 x 10-9 C, está a uma altura D = 0,05 m acima da superfície de uma grande placa condutora, ligada à Terra, induzindo sobre essa superfície cargas negativas, como na figura 1. O conjunto dessas cargas estabelece um campo elétrico que é idêntico, apenas na parte do espaço acima da placa, ao campo gerado por uma carga +Q e uma carga -Q, como se fosse uma “imagem” de Q que estivesse colocada na posição representada na figura 2.

a) Determine a intensidade da força F, em N, que age sobre a carga +Q, devida às cargas induzidas na placa.

b) Determine a intensidade do campo elétrico E0, em V/m, que as cargas negativas induzidas na placa criam no ponto onde se encontra a carga +Q.

c) Represente, no diagrama abaixo, no ponto A, os vetores campo elétricooverrightarrow{E_+} e overrightarrow{E_-} , causados, respectivamente, pela carga +Q e pelas cargas induzidas na placa, bem como o campo resultante, EA r . O ponto A está a uma distância D do ponto O da figura e muito próximo à placa, mas acima dela.

d) Determine a intensidade do campo elétrico resultante EA, em V/m, no ponto A.

 

Gabarito:

Resolução:

a) 

\ F = K . frac{|Q_{1}.Q_{2}|}{r^{2}} \ \ F = K. frac{Q^{2}}{(2D)^{2}} \ \ F = K . frac{Q^{2}}{4D^{2}} = 9. 10^{9} . frac{(1,5.10^{-9})^{2}}{4.(0,05)^{2}} \ \ F = 2,025 . 10^{-6} N \ \ F = 2,0 . 10^{-6}N

b) 

\ F = Q. E_{0} \ \ E_{0} = frac{F}{Q} = frac{2,025. 10^{-6}}{1,5.10^{-9}} \ \ E_{0}= 1,35 .10^{3} V/m

c) 

d) 

|E_{+}| = |E_{-}| = K frac{|Q|}{r^{2}}

observando a figura, temos: 

r = Dsqrt{2}

|E_{+}| = |E_{-}| = K frac{|Q|}{2D^{2}}

\ |E_{+}| = |E_{-}| = 9.10^{9} frac{1,5.10^{-9}}{2.(0,05)^{2}} V/m \ \ |E_{+}| = |E_{-}| = 2,7 . 10^{3} V/m \ \ |E_{A}| = |E_{+}|^{2} + |E_{-}|^{2} \ \ E_{A} = |E_{+}| . sqrt{2} \ \ E_{A} = 3,8. 10^{3} V/m



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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