(FUVEST - 2007 - 1ª FASE)
Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é:
Cada um dos participantes, ao inscrever-se, deverão receber as orientações necessárias.
Os que prometem ser justos, em geral, não conseguem sê-lo sem que se prejudiquem.
Já deu dez horas e a entrega das medalhas ainda não foram feitas.
O que se viam era apenas destroços, cadáveres e ruas completamente destruídas.
Devem ter havido acordos espúrios entre prefeitos e vereadores daqueles municípios.
Gabarito:
Os que prometem ser justos, em geral, não conseguem sê-lo sem que se prejudiquem.
[B]
a) Cada um dos participantes, ao inscrever-se, deverão receber as orientações necessárias. >> A expressão "cada um" determina a flexão do verbo referente no singular, o que faz com que a concordância de "deverão" esteja inadequada. A forma correta é "deverá";
b) Os que prometem ser justos, em geral, não conseguem sê-lo sem que se prejudiquem. >> Não há nenhum desvio de concordância nessa frase.
c) Já deu dez horas e a entrega das medalhas ainda não foram feitas. >> O verbo "dar" no sentido de marcação de tempo deve concordar com a expressão numérica ("deram dez horas"). O verbo "foram feitas" também esta´errado, uma vez que ele deve concordar com o sujeito paciente "a entrega", que é singular.
d) O que se viam era apenas destroços, cadáveres e ruas completamente destruídas. >> O verbo "ver" deve concordar com o pronome singular "o que", pois este é sujeito paciente relativo àquele. Já o verbo "era" pode concordar com as expressões às quais se refere, flexionando-se no plural ("O que se via eram apenas destroços...").
e) Devem ter havido acordos espúrios entre prefeitos e vereadores daqueles municípios. >> O verbo "haver" determina a impessoalidade de toda a locução verbal quando está nela inserido, no sentido de "existir". O verbo "devem", portanto, apresenta um erro de concordância, pois deveria ser mantido na forma impessoal ("deve ter havido acordos...").
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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