(FUVEST - 2008 - 1ª FASE) Na atualidade, praticamente todos os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se defensores de padrões democráticos e de valores republicanos. Na Antiguidade, tais padrões e valores conheceram o auge, tanto na democracia ateniense, quanto na república romana, quando predominaram
a liberdade e o individualismo.
o debate e o bem público.
a demagogia e o populismo.
o consenso e o respeito à privacidade.
a tolerância religiosa e o direito civil.
Gabarito:
o debate e o bem público.
a) a liberdade e o individualismo.
Incorreta. Como a democracia ateniense, de caráter direto, valorizava o debate público, e a República Romana caracterizava uma "coisa pública", um aparato, ao menos teoricamente de todos os cidadãos.
b) o debate e o bem público.
Correta. A democracia ateniense, mesmo sendo excludente com diversas camadas da população, visava angariar por meio do debate nas ágoras e espaços públicos meios de alcançar a decisão da maioria. Já a república romana era estruturada na visão de que tal forma de organização social sobrepusera-se sob a monarquia, uma vez que visava o bem público enquanto a segunda era construída para buscar interesses particulares.
c) a demagogia e o populismo.
Incorreta. Demagogia infere uma forma de atuação política em que há interesse em manipular a massa popular - algo que não esteve acarretado ao auge da democracia ateniense. O populismo também não é um padrão atrelado ao ápice da República Romana.
d) o consenso e o respeito à privacidade.
Incorreta. Na democracia não se busca consenso, e sim, aprovação da maioria.
e) a tolerância religiosa e o direito civil.
Incorreta. Em ambos os locais, religiões não "oficiais" eram perseguidas.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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