(FUVEST - 2008 - 1ª FASE)
“Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas...”
Bartolomé de Las Casas, 1474 – 1566.
“A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem.”
Pablo Neruda, 1904 – 1973.
As duas frases acima colocam como causa da dizimação das populações indígenas a ação violenta dos espanhóis durante a Conquista da América. Pesquisas históricas recentes apontam outra causa, além da já indicada, que foi
a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do colonizador.
o conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos colonizadores.
a passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças religiosas.
a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos problemas ambientais.
a série de doenças trazidas pelos espanhóis (varíola, tifo e gripe), para as quais as populações indígenas não possuíam anticorpos.
Gabarito:
a série de doenças trazidas pelos espanhóis (varíola, tifo e gripe), para as quais as populações indígenas não possuíam anticorpos.
a) a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do colonizador.
Incorreto. Não se pode afirmar que os indígenas eram incapazes de se adaptarem aos padrões culturais do colonizador.
b) o conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos colonizadores.
Incorreto. O aspecto citado pela alternativa foi uma ferramenta importante para a dominação estabelecida, no entanto, este por si só não provocava a dizimação da população nativa, afinal, conflitos regionais são observados em diversas regiões ao longo do tempo, com certo teor "natural".
c) a passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças religiosas.
Incorreto. Não se pode afirmar que os indígenas eram passivos.
d) a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos problemas ambientais.
Incorreto. Não havia a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas.
e) série de doenças trazidas pelos espanhóis (varíola, tifo e gripe), para as quais as populações indígenas não possuíam anticorpos.
Correta.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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