(FUVEST - 2009 - 1 FASE) ISTOÉ - Quais são os equívocos mais comuns a respeito das pessoas altamente criativas? Weisberg - O primeiro é que apenas um tipo específico de pessoa é criativa, e que ela usa processos mentais diferentes do restante dos seres humanos. Existe um mito de que os gênios usam processos inconscientes para criar suas obras ou têm patologias mentais que contribuem no processo criativo. Isso não é verdade. ISTOÉ - Mas não se pode dizer que são pessoas comuns. Weisberg - As diferenças existem, claro. Picasso, por exemplo. Um aspecto bem distinto dele foi sua produtividade. Ele trabalhava o tempo todo e queria, propositadamente, criar coisas novas. Quase todos nós podemos aprender a desenhar. Não acho que essa habilidade seja o que o diferencia do restante, mas talvez o desejo de produzir algo novo, que afete o mundo.
Entrevista de Robert Weisberg concedida a Leoleli Camargo, IstoÉ, nº 2013, página 6, 04/06/08.
Ao responder à revista, como o entrevistado procura desmistificar a figura do gênio?
Citando Picasso, porque estudos comprovam que sua herança genética foi responsável pela sua produtividade e versatilidade como artista.
Mencionando patologias mentais, porque concorda que distúrbios, como a esquizofrenia, são responsáveis pela criatividade dos gênios.
Considerando pertinente a hipótese de que a criação ocorre pela associação do trabalho constante com o desejo de produzir algo novo.
Sugerindo a tese de que a criação de coisas novas é uma capacidade comum a todos, sendo raros, porém, aqueles que podem desenhar.
Levantando a hipótese de que os processos mentais beneficiam-se de estimulantes químicos para facilitar o processo criativo.
Gabarito:
Considerando pertinente a hipótese de que a criação ocorre pela associação do trabalho constante com o desejo de produzir algo novo.
Weisberg utiliza Picasso como exemplo de sua hipótese, segundo a qual o que diferencia um ser altamente criativo dos demais seja "talvez o desejo de produzir algo novo, que afete o mundo", aliado ao trabalho constante ("ele trabalhava o tempo todo").
LETRA C
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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