(FUVEST - 2006) Nos últimos anos, dois tipos de eventos naturais de alta magnitude chegaram a atingir um grande número de pessoas e regiões costeiras no globo. Um deles ocorreu na Ásia, em dezembro de 2004, e o outro tipo, mais frequente, no sul dos Estados Unidos, no 2º semestre de 2005.
a) Identifique esses dois tipos de eventos e compare-os quanto às suas causas e efeitos.
b) A partir dos casos referidos, escolha um deles como exemplo e avalie a importância das ações governamentais na prevenção de seus efeitos catastróficos, bem como os diferentes tipos de assistência prestados à população.
Gabarito:
Resolução:
a) Em 2004, no Oceano Índico, um terremoto de magnitude 9,1 causou um tsunami de efeitos desastrosos para o continente asiático, atingindo também partes da África. Os principais litorais atingidos foram: Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia, Somália e Mianmar, bem como diversas ilhas no Oceano Índico. Estima-se que mais de 230 mil pessoas morram em decorrência do desastre e quase 2 milhões de pessoas ficaram desabrigadas.
Em 2005, nos Estados Unidos, uma sequência de furacões causaram enorme devastação no Sul do país, sendo o principal deles o Furacão Katrina, que atingiu a categoria 3 na Escala Saffir-Simpson de intensidade de furacões, com ventos de até 280km/h e efeitos devastadores. Mais de 1800 pessoas morreram e os danos em infraestrutura chegaram a 150 bilhões de dólares.
Enquanto o terremoto/tsunami na Ásia foi causado por tremores originados pela movimentação das placas tectônicas, o furacão Katrina se formou a partir das condições naturais do Mar do Caribe. Dessa forma, ambos os eventos possuem sua gênese ligada à eventos extremos, mas naturais. Apesar disso, as consequências para as populações afetadas estão relacionadas à proximidade dessas áreas de risco.
b) Os furacões na região Sul dos EUA são um fenômeno relativamente frequente no verão do país, dessa forma, já haviam meios de se prevenir e reduzir os danos causados por esse evento. Porém, a força do furacão Katrina foi inesperada, o que causou diversos prejuízos materiais e humanos à população. Por outro lado, o tsunami na Ásia foi extremamente desastroso para os países afetados pois não houve um planejamento adequado para se preparar para os danos causados pelas ondas. Considerando que entre os tremores no oceano e a chegada das ondas no litoral passaram-se algumas horas, seria possível uma melhor organização por parte dos Estados atingidos a fim de minizar as perdas.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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