Questão 49925

(FUVEST - 2009 - 2 fase - Questão 10)

Para estimar a intensidade de um campo magnético B0, uniforme e horizontal, é utilizado um fio condutor rígido, dobrado com a forma e dimensões indicadas na figura, apoiado sobre suportes fixos, podendo girar livremente em torno do eixo OO’. Esse arranjo funciona como uma “balança para forças eletromagnéticas”. O fio é ligado a um gerador, ajustado para que a corrente contínua fornecida seja sempre i = 2,0 A, sendo que duas pequenas chaves, A e C, quando acionadas, estabelecem diferentes percursos para a corrente. Inicialmente, com o gerador desligado, o fio permanece em equilíbrio na posição horizontal. Quando o gerador é ligado, com a chave A, aberta e C, fechada, é necessário pendurar uma pequena massa M1 = 0,008 kg, no meio do segmento P3-P4, para restabelecer o equilíbrio e manter o fio na posição horizontal.

a) Determine a intensidade da força eletromagnética F1, em newtons, que age sobre o segmento P3P4 do fio, quando o gerador é ligado com a chave A, aberta e C, fechada.

b) Estime a intensidade do campo magnético B0, em teslas.

c) Estime a massa M2, em kg, necessária para equilibrar novamente o fio na horizontal, quando a chave A está fechada e C, aberta. Indique onde deve ser colocada essa massa, levando em conta que a massa M1 foi retirada.

NOTE E ADOTE

F = iBL

Desconsidere o campo magnético da Terra.

As extremidades P1, P2, P3 e P4 estão sempre no mesmo plano.

Gabarito:

Resolução:

a) Como a corrente percorrerá o circuito no sentido horário, pela regra da mão direita, a força magnética Fno segmento P3Pdo fio terá direção vertical e sentido para cima, aplicada no ponto médio desse segmento.

Essa força deverá equilibrar a força peso da massa M, colocada também nesse ponto.

Assim:

F_{1} = P_{1}

M_{1} cdot g = 0,008 cdot 10 = 0,08  N

b) No segmento PPde comprimento 0,2 metros, temos que:

F_{1} = B_{0} cdot i cdot L

0,08 = B_{0} cdot 2 cdot 0,2 = 0,2  T

c) Quando fecharmos a chave A abrir-se-à a chave C, a corrente novamente percorrerá o circuito no sentido horário. Os segmentos P2Pe P4Pnão apresentarão força magnética, pois a corrente tem mesmad ireção do campo magnético. Já nos segmentos P1Pe P3Ppela regra da mão direita, a foraç magnética erá vertical e sentido para baixo no segmento P1Pe sentido para cima no segmento P3P, como esquematizado a seguir:

Essas duas forças irão produzir um torque resultante, que etnta girar a espira no sentido anti-horário no eixo OO'. Para que exista equilíbrio, a massa Mdeve ser colocada numa posição tal que seu peso produza torque no sentido oposto, ou seja, que gire a espira no sentido horário em relação ao mesmo eixo, cancelando o torque das forças magnéticas.

Para tanto seria suficiente colocar a massa Mem qualquer posição ao longo do segmento P3P.

Sendo a corrente em relação ao item (a) a mesma, as forças magnéticas nos dois segmentos também apresentarão o mesmo módulo calculado anteriormente. Assim, o somatório dos momentos é:

2F cdot 0,15 = P_{2} cdot 0,15

2 cdot 0,08 = M_{2} cdot 10

M_{2} = 0,016  kg

Outras posições também são possíveis. Para determinar uma forma geral impomos como restrição para a posição de Mque ela deve estar localizada do lado direito da espira emr elação ao eixo OO', de modo tal que seu peso tente produzir uam rotação no sentido horário. Nesse caso, a massa dependerá da posição em que for colcoada, mais precisamente, da distância edla até oe ixo. Chamando essa distância de , sabendo que 0 < d leq 0,15  m, localizando-a, por exemplo, entre O e P:

Impondo o equilíbrio dos torques em relação ao eixo:

2F cdot 0,15 = P_{2} cdot d

2 cdot 0,08 cdot 0,15 = M_{2} cdot 10 cdot d

M_{2} = frac{0,0024}{d}

 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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