Questão 50445

(FUVEST - 2005 - 1 FASE) caracterizar parte da complexidade sócioeconômica do Brasil

A

elevada dívida externa, usada para financiar o alto Índice de Desenvolvimento Humano do país.

B

elevada concentração de terras que são utilizadas como reserva de valor e para agronegócios.

C

exportação de produtos tecnológicos, principal componente da balança comercial brasileira.

D

concentração da renda no eixo Sul-Sudeste, em virtude da presença de imigrantes europeus.

E

queda da produção agrícola para exportação, devido ao protecionismo de países centrais.

Gabarito:

elevada concentração de terras que são utilizadas como reserva de valor e para agronegócios.



Resolução:

A dívida externa brasileira tem sua formação muito mais ligada aos aspectos econômicos do país do que às demandas sociais, evidenciadas pelo baixo IDH que o país apresenta (72.° lugar em 2004). Entretanto, a concentração fundiária como reserva de valor ou para aproveitamento no agronegócio dá continuidade ao tradicional baixo padrão de vida no campo, uma vez que muitas famílias são privadas de condições mínimas de sobrevivência. Ainda não se pode afirmar que a exportação de tecnologia seja o principal item da pauta de vendas externas. No caso das regiões Sul e Sudeste, a imigração européia esteve muito mais associada ao minifúndio e à agricultura de subsistência, resultando em índices de IDH mais elevados se comparados às demais regiões do país. Ao mesmo tempo, observa-se um aumento na produção agrícola, apesar do protecionismo dos países centrais, em razão da competividade da agricultura brasileira.

LETRA B



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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