(FUVEST - 2010 - 2 fase - Questão 19)
A proporção do isótopo radioativo do carbono (), com meia-vida de, aproximadamente, 5.700 anos, é constante na atmosfera. Todos os organismos vivos absorvem tal isótopo por meio de fotossíntese e alimentação. Após a morte desses organismos, a quantidade incorporada do começa a diminuir exponencialmente, por não haver mais absorção.
a) Balanceie a equação química da fotossíntese, reproduzida na folha de respostas, e destaque nela o composto em que o foi incorporado ao organismo.
b) Por que um pedaço de carvão que contenha 25% da quantidade original de não pode ser proveniente de uma árvore do início da era cristã?
c) Por que não é possível fazer a datação de objetos de bronze a partir da avaliação da quantidade de ?
Gabarito:
Resolução:
a) a equação balanceada pode ser escrita da seguinte forma:
6CO2 + 6H2O ⎯⎯→ 1C 6H12O6 + 6O2
O oxigênio é gerado a partir da água, então para se obter 6 moléculas de O2 seriam necessárias 12 moléculas de H2O.
12H2O → 6O2
A partir das esquações anteriores podemos obter a seguinte equação global :
6CO2 + 12H2O ⎯⎯→ 1C 6H12O6 + 6H2O + 6O2
O composto de carbono que incorpora o carbono-14 no organismo é a glicose (C6H12O6).
b) Meia vida é o tempo necessário para que a amostra passe a ter metade da radioatividade inicial. Como a concentração de carbono-14 é 25% do carvão de
origem, passaram-se duas meias vidas:
100% ⎯⎯⎯⎯→ 50% ⎯⎯⎯⎯→ 25%
Considerando que a meia vida é de 5700 anos, essa árvore morreu a 11400 anos, bem antes do início da era cristã (d.C).
c) O bronze é uma liga metálica composta por cobre e estanho.Por não apresentar o elemento carbono, não é possível fazer a datação de uma peça de bronze pelo método do carbono-14.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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