Questão 50984

(FUVEST - 2005 - 2 FASE) Um satélite artificial, em órbita circular em torno da Terra, mantém um período que depende de sua altura em relação à superfície da Terra. Determine

a) o período T0 do satélite, em minutos, quando sua órbita está muito próxima da superfície. (Ou seja, está a uma distância do centro da Terra praticamente igual ao raio da Terra).

b) o período T4 do satélite, em minutos, quando sua órbita está a uma distância do centro da Terra aproximadamente igual a quatro vezes o raio da Terra.

Gabarito:

Resolução:

a)  O período T0 do satélite rasante é dado por:

F_G=F_{cp}

mcdot g=mcdot omega^2cdot R

omega^2 = frac{g}{R}

omega = sqrt{frac{g}{R} }

Lembrando que omega =frac{2pi }{T_0}, assim:

frac{2pi }{T_0} = sqrt{frac{g}{R} }

T_0=2picdotsqrt{frac{R}{g}}

T_0=2cdot 3cdotsqrt{frac{6,4cdot10^6}{10}}

T_0=6cdotsqrt{640.000}

T_0=6cdot800 = 4.800  s

1  min
ightarrow 60  s

x  min
ightarrow 4.800  s

T_0 = frac{4.800}{60} = 80  min

b) Para d = 4R, a aceleração da gravidade tem módulo por:

g=frac{GM}{d^2} = frac{GM}{16R^2} = frac{g_0}{16} = frac{10}{16}  m/s^2

A aceleração da gravidade nos pontos da órbita é a aceleração centrípeta do satélite em órbita, logo:

g=omega^2 cdot 4 cdot R

omega^2=frac{g}{4R}Rightarrow omega = sqrt{frac{g}{4R}} Rightarrow omega = frac{1}{2}cdot sqrt{frac{g}{R}}

De forma semelhante ao intem a):

frac{2pi }{T_4} = frac{1}{2}cdotsqrt{frac{g}{R} }

T_4=2cdot2cdot picdotsqrt{frac{R}{g}} = 4cdot 3cdotsqrt{frac{6,4cdot10^6}{frac{10}{16}}}

T_4=12cdotsqrt{6,4cdot10^6cdotfrac{16}{10}}

T_4=12cdotsqrt{10.240.000}=12cdot3.200 = 38.400  s = 640  min



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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