Questão 51064

(FUVEST - 2005 - 2 FASE) Foram realizados cruzamentos entre uma linhagem pura de plantas de ervilha com flores púrpuras e grãos de pólen longos e outra linhagem pura, com flores vermelhas e grãos de pólen redondos. Todas as plantas produzidas tinham flores púrpuras e grãos de pólen longos. Cruzando-se essas plantas heterozigóticas com plantas da linhagem pura de flores vermelhas e grãos de pólen redondos, foram obtidas 160 plantas:

62 com flores púrpuras e grãos de pólen longos,

66 com flores vermelhas e grãos de pólen redondos,

17 com flores púrpuras e grãos de pólen redondos,

15 com flores vermelhas e grãos de pólen longos.

Essas freqüências fenotípicas obtidas não estão de acordo com o esperado, considerando-se a Segunda Lei de Mendel (Lei da Segregação Independente).

a) De acordo com a Segunda Lei de Mendel, quais são as freqüências esperadas para os fenótipos?

b) Explique a razão das diferenças entre as freqüências esperadas e as observadas.

Gabarito:

Resolução:

a) A característica de flores púrpuras é representa pelo alelo dominante V; e a de flores vermelhas, pelo v. A característica de grãos de pólen longos é representada pelo alelo dominante R; e a de grãos de pólen redondos, pelo r. Sendo assim, o genótipo dos parentais é: VVRR e vvrr. A F1 resultante do cruzamento entre eles é: VvRr. Cruzando a F1 resultante com plantas da linhagem pura de flores vermelhas e grãos de pólen redondos (vvrr), teremos de acordo com a 2ª Lei de Mendel as seguintes freqüências fenotípicas:

Gametas Vr Fenótipo
VR VVRr 25% flores púrpuras e grãos de pólen longos
Vr VVrr 25% flores púrpuras e grãos de pólen redondos
vR VvRr 25% flores vermelhas e grãos de pólen longos
Vr VVrr 25% flores vermelhas e grãos de pólen redondos

b) As freqüências fenotípicas observadas sugerem que os locos gênicos estudados estão vinculados a um mesmo par de cromossomos homólogos, ou seja, não se segregam independentemente.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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