Questão 51436

(FUVEST - 2001 - 2a fase - Questão 2)

Um ciclista, em estrada plana, mantém velocidade constante V0 = 5,0 m/s (18 km/h). Ciclista e bicicleta têm massa total M = 90 kg. Em determinado momento, t = t0, o ciclista pára de pedalar e a velocidade V da bicicleta passa a diminuir com o tempo, conforme o gráfico ao lado. Assim, determine:

a) A aceleração A, em m/s2 , da bicicleta, logo após o ciclista deixar de pedalar.

b) A força de resistência horizontal total FR, em newtons, sobre o ciclista e sua bicicleta, devida principalmente ao atrito dos pneus e à resistência do ar, quando a velocidade é V0.

c) A energia E, em kJ, que o ciclista “queimaria”, pedalando durante meia hora, à velocidade V0. Suponha que a eficiência do organismo do ciclista (definida como a razão entre o trabalho realizado para pedalar e a energia metabolizada por seu organismo) seja de 22,5%.

Gabarito:

Resolução:

a) Vamos usar como instante t1=4s, para calcular a aceleração logo após parar de pedalar:

A=frac{Delta V}{Delta t}=frac{4-5}{4-0}=frac{-1}{4}=-0,25m/s^2

b) A força de resistência é igual a:

F_R =mcdot A \ F_R=90cdot -0,25\ F_R=-22,5N

Ela é negativa pois é contrária ao movimento.

c) A força realizada pelo ciclista para se manter em velocidade constante deve ter módulo igual a força de resistência. assim podemos calcular o trabalho realizado. A distância percorrida em meia hora a uma velocidade V0 constante:

d=vcdot t\ d=18km/hcdot 0,5h\ d=9km

Calculando o trabalho:

	au=Fcdot d\ 	au=22,5Ncdot9km\ 	au=202,5kJ

Como a eficiência é de 22,5%, temos:

frac{	au}{E}=0,225\\frac{202,5}{E}=frac{22,5}{100}
ightarrow E=frac{202,5cdot100}{22,5}
ightarrow E=900kJ

Essa é a energia que será gasta.

oxed{Resposta:left{egin{matrix} a) -0,25m/s^2\b)-22,5N \ c)900kJ end{matrix}
ight.}



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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