(FUVEST - 2003 - 1a Fase) “Deus castigou esta terra com dez pragas muito cruéis por causa da dureza e obstinação de seus moradores [...]. A primeira dessas pragas foi que, num dos navios, veio um negro atacado de varíola, uma doença que nunca tinha sido vista nessa terra.”
Motolinía. Memórias das coisas da Nova Espanha.
A respeito desse relato do franciscano Motolinía, sobre a conquista da cidade do México pelos espanhóis, em 1520, pode-se concluir que
os religiosos europeus justificavam a conquista das populações indígenas por serem geneticamente frágeis.
os povos indígenas adotavam táticas cruéis de guerra que incluíam a disseminação de epidemias entre os conquistadores.
os aztecas foram dominados pelos espanhóis por meio de uma estratégia que evitou a guerra, mas disseminou epidemias mortíferas.
as epidemias tornaram-se uma forma eficiente de dominação empregada pelos europeus na conquista das terras indígenas.
as epidemias originárias da África dizimaram parte do exército dos conquistadores espanhóis e dos indígenas mexicanos.
Gabarito:
as epidemias tornaram-se uma forma eficiente de dominação empregada pelos europeus na conquista das terras indígenas.
a) os religiosos europeus justificavam a conquista das populações indígenas por serem geneticamente frágeis.
Incorreto. Os religiosos europeus não usaram essa justificativa.
b) os povos indígenas adotavam táticas cruéis de guerra que incluíam a disseminação de epidemias entre os conquistadores.
Incorreto. Foram os conquistadores que disseminou epidemias ao chegarem no território dos nativos.
c) os aztecas foram dominados pelos espanhóis por meio de uma estratégia que evitou a guerra, mas disseminou epidemias mortíferas.
Incorreto. A guerra nesse contexto não foi evitada.
d) as epidemias tornaram-se uma forma eficiente de dominação empregada pelos europeus na conquista das terras indígenas.
Correta. Essa questão discorre sobre a conquista da América, no qual faz referência a uma das formas de dizimação dos povos indígenas, as doenças trazidas pelos espanhóis.
e) as epidemias originárias da África dizimaram parte do exército dos conquistadores espanhóis e dos indígenas mexicanos.
Incorreto. Não se pode citar que foi apenas as epidemias originárias da África.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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