(FUVEST - 2001 - 1a fase)
A economia da Europa ocidental, durante o longo intervalo entre a crise do escravismo, no século III, e a cristalização do feudalismo, no século IX, foi marcada pela
depressão, que atingiu todos os setores, provocando escassez permanente e fomes intermitentes.
expansão, que ficou restrita à agricultura, por causa do desaparecimento das cidades e do comércio.
estagnação, que só poupou a agricultura graças à existência de um numeroso campesinato livre.
prosperidade, que ficou restrita ao comércio e ao artesanato, insuficientes para resolver a crise agrária.
continuidade, que preservou os antigos sistemas de produção, impedindo as inovações tecnológicas.
Gabarito:
depressão, que atingiu todos os setores, provocando escassez permanente e fomes intermitentes.
a) depressão, que atingiu todos os setores, provocando escassez permanente e fomes intermitentes.
Correta. O século III é marcado pelo início da crise do Império Romano, na qual a Europa Ocidental entrou em uma fase de desorganização do comércio, ruralização da economia, êxodo urbano e intensificação da atividade econômica de âmbito local. Nesse sentido, esse momento é caracterizado pela crise do escravismo, um dos fatores para a desorganização da economia, assim como pela invasão dos bárbaros, acentuando o processo de ruralização e retração das atividades econômicas.
b) expansão, que ficou restrita à agricultura, por causa do desaparecimento das cidades e do comércio.
Incorreto. Não se pode afirmar que nesse contexto houve o desaparecimento das cidades e do comércio.
c) estagnação, que só poupou a agricultura graças à existência de um numeroso campesinato livre.
Incorreto. Não se pode afirmar que a agricultura nesse contexto foi poupada.
d) prosperidade, que ficou restrita ao comércio e ao artesanato, insuficientes para resolver a crise agrária.
Incorreto. Não se pode afirmar que foi um momento de prosperidade, e sim de grande depressão.
e) continuidade, que preservou os antigos sistemas de produção, impedindo as inovações tecnológicas.
Incorreto. Nesse período, houve um acentuado o processo de ruralização e retração das atividades econômicas, dessa forma, não pode-se afirmar que houve continuidade.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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