Questão 52207

(FUVEST - 2001 - 1a fase)

A economia brasileira, durante o período monárquico, caracterizou-se fundamentalmente

A

pelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de serviços.

B

pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria.

C

pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional.

D

pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais.

E

pela convivência das mãos-de-obra escrava e imigrante e pelo controle do "deficit" público.

Gabarito:

pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais.



Resolução:

a) pelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de serviços.

Incorreto. Não se pode afirmar haver diversificação da produção agrária como base, visto que durante esse período havia um maior privilégio para a cafeicultura.

b) pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria.

Incorreto. A base fundamental da exploração de mão de obra de imigração no contexto do império é errôneo, principalmente tendo em vista que a escravidão só se findou na última década de experiência imperial. Portanto, a economia durante o período monárquico teve a exploração do trabalho escravizado em suas bases.

c) pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional.

Incorreto. Não houve uma regionalização econômica como base fundamental da economia brasileira monárquica. 

d) pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais.

Correta. A economia brasileira ao longo do reinado de D. Pedro II manteve-se fundamentalmente baseada na agricultura de exportação, no qual passou a privilegiar a cafeicultura, além da dependência em relação ao mercado externo. Ademais, os investimentos estrangeiros no país, sobretudo ingleses, se multiplicavam, principalmente no setor de transporte e serviços.

e) pela convivência das mãos-de-obra escrava e imigrante e pelo controle do "deficit" público.

Incorreto. Não se pode dizer que a economia brasileira caracterizou-se fundamentalmente pelo controle do "deficit" público. Ademais, a convivência das mãos de obra escrava e imigrante não foi algo presente em todo o período monárquico, visto que a mão de obra que prevaleceu era a escrava. 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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