(FUVEST - 2001 - 1a fase)
Sobre os últimos 50 anos no Brasil, é possível afirmar que:
cresceu a população das cidades, desapareceu a dependência econômica e acentuou-se o preconceito racial.
progrediu a tendência ao federalismo, a Igreja Católica perdeu seu poder e foram raras as crises econômicas.
aumentou o setor de serviços, houve significativo êxodo rural e a condição da mulher transformou-se.
melhorou a pesquisa científica, a economia atingiu patamares de primeiro mundo e a tecnologia alcançou a maioria da população.
avançou a reforma agrária, a renda nacional passou a ser melhor distribuída e aumentou o protecionismo à produção nacional.
Gabarito:
aumentou o setor de serviços, houve significativo êxodo rural e a condição da mulher transformou-se.
a) cresceu a população das cidades, desapareceu a dependência econômica e acentuou-se o preconceito racial.
Incorreto. Não houve o desaparecimento da dependência econômica do país.
b) progrediu a tendência ao federalismo, a Igreja Católica perdeu seu poder e foram raras as crises econômicas.
Incorreto. Não podemos afirmar que nos últimos 50 anos houveram raras crises econômicas.
c) aumentou o setor de serviços, houve significativo êxodo rural e a condição da mulher transformou-se.
Correta. Durante os anos 50, houve a presença dos governos de Vargas e JK, época de intensificação da industrialização e de acentuado crescimento urbano, em grande parte concentrado na região sudeste, portanto, responsável pelo desequilíbrio regional. Ao mesmo tempo, a própria estrutura de produção criada levou ao crescimento do setor de serviços. Ainda nesse contexto, acentuou-se a presença da mulher no mercado de trabalho, modificando sua posição social naquele contexto.
d) melhorou a pesquisa científica, a economia atingiu patamares de primeiro mundo e a tecnologia alcançou a maioria da população.
Incorreto. Ainda que tenha tido avanços, a economia não atingiu patamares de primeiro mundo.
e) avançou a reforma agrária, a renda nacional passou a ser melhor distribuída e aumentou o protecionismo à produção nacional.
Incorreto. Não se pode afirmar que a renda nacional passou a ser melhor distribuída.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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