Questão 52220

(FUVEST - 2001 - 1a fase)

Sobre a política indigenista do governo brasileiro no século XX, é possível afirmar que ela

A

concedeu emancipação jurídica aos indígenas, equiparando-os durante todo o período aos cidadãos brancos.

B

criou vários serviços de proteção ao silvícola, permitindo que fossem dirigidos pelos próprios grupos indígenas.

C

enviou expedições oficiais para contato com grupos indígenas, comandadas por membros da Igreja Católica.

D

preocupou-se com a demarcação de terras indígenas, sem conseguir protegê-las de invasores brancos.

E

copiou a política dos Estados Unidos, já que a situação dos indígenas, nos dois países, tem sido muito semelhante.

Gabarito:

preocupou-se com a demarcação de terras indígenas, sem conseguir protegê-las de invasores brancos.



Resolução:

a) concedeu emancipação jurídica aos indígenas, equiparando-os durante todo o período aos cidadãos brancos.

Incorreto. Os indígenas não foram equiparados durante todo o período aos cidadãos brancos.

b) criou vários serviços de proteção ao silvícola, permitindo que fossem dirigidos pelos próprios grupos indígenas.

Incorreto. Não ocorreu a criação desses serviços. 

c) enviou expedições oficiais para contato com grupos indígenas, comandadas por membros da Igreja Católica.

Incorreto. A política indigenista do governo brasileiro no século XX não enviou expedições oficiais comandadas por membros da Igreja Católica.

d) preocupou-se com a demarcação de terras indígenas, sem conseguir protegê-las de invasores brancos.

Correta. Desde o início do século, com a criação do SPI (serviço de Proteção ao Índio) o governo pretendeu desenvolver uma política de demarcação das terras indígenas que ganhou destaque na Constituição de 1988 e foi dinamizada durante o breve governo Collor. Porém, os interesses ligados à mineração, à exploração madeireira e ao avanço das fronteiras agrícolas têm levado à penetração de invasores nas áreas demarcadas, tornando-se dessa forma um método ineficaz. 

e) copiou a política dos Estados Unidos, já que a situação dos indígenas, nos dois países, tem sido muito semelhante.

Incorreto. Não podemos afirmar que  situação dos indígenas, nos dois países, tem sido muito semelhante.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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