(FUVEST - 2001 - 1a fase)
Sobre a política indigenista do governo brasileiro no século XX, é possível afirmar que ela
concedeu emancipação jurídica aos indígenas, equiparando-os durante todo o período aos cidadãos brancos.
criou vários serviços de proteção ao silvícola, permitindo que fossem dirigidos pelos próprios grupos indígenas.
enviou expedições oficiais para contato com grupos indígenas, comandadas por membros da Igreja Católica.
preocupou-se com a demarcação de terras indígenas, sem conseguir protegê-las de invasores brancos.
copiou a política dos Estados Unidos, já que a situação dos indígenas, nos dois países, tem sido muito semelhante.
Gabarito:
preocupou-se com a demarcação de terras indígenas, sem conseguir protegê-las de invasores brancos.
a) concedeu emancipação jurídica aos indígenas, equiparando-os durante todo o período aos cidadãos brancos.
Incorreto. Os indígenas não foram equiparados durante todo o período aos cidadãos brancos.
b) criou vários serviços de proteção ao silvícola, permitindo que fossem dirigidos pelos próprios grupos indígenas.
Incorreto. Não ocorreu a criação desses serviços.
c) enviou expedições oficiais para contato com grupos indígenas, comandadas por membros da Igreja Católica.
Incorreto. A política indigenista do governo brasileiro no século XX não enviou expedições oficiais comandadas por membros da Igreja Católica.
d) preocupou-se com a demarcação de terras indígenas, sem conseguir protegê-las de invasores brancos.
Correta. Desde o início do século, com a criação do SPI (serviço de Proteção ao Índio) o governo pretendeu desenvolver uma política de demarcação das terras indígenas que ganhou destaque na Constituição de 1988 e foi dinamizada durante o breve governo Collor. Porém, os interesses ligados à mineração, à exploração madeireira e ao avanço das fronteiras agrícolas têm levado à penetração de invasores nas áreas demarcadas, tornando-se dessa forma um método ineficaz.
e) copiou a política dos Estados Unidos, já que a situação dos indígenas, nos dois países, tem sido muito semelhante.
Incorreto. Não podemos afirmar que situação dos indígenas, nos dois países, tem sido muito semelhante.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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