Questão 56470

(UEPA - 2014)

Saímos do Facebook

Desde a semana passada, quando os governadores de São Paulo e Rio de Janeiro anunciaram o aumento de R$ 0,20 na passagem de ônibus, a população brasileira vem desencadeando uma das maiores revoltas públicas que o país já viu em mais de duas décadas!

É claro que o aumento de tarifa foi apenas a gota d’água que fez toda essa revolta transbordar pela maioria das grandes cidades do país. E, na minha opinião, a população está corretíssima em protestar!

O Brasil tem hoje a 6ª maior economia do mundo, mas também é um dos países mais corruptos e burocráticos do mundo! A grande maioria das decisões que são tomadas pelos nossos governantes dificilmente favorece ou melhora a vida dos trabalhadores e cidadãos de bem.

Quase R$ 30 bilhões de reais já foram gastos na preparação para a Copa do Mundo de 2014, segundo o governo federal, e por causa disso, a inflação só aumenta! Enquanto isso, o Brasil continua a investir pouco na educação e menos ainda na saúde pública. E, agora, querem enfiar “guela abaixo” do povo brasileiro mais um aumento no valor de um transporte público extremamente precário e ineficiente.

Mas o que o Facebook e as redes sociais têm a ver com isso?

Praticamente TUDO!

A maior parte da comunicação entre as pessoas que estão participando das manifestações está sendo feita online através do Facebook, bem como de outras redes sociais também, como o Twitter, YouTube e o Google+. Realmente nós podemos comprovar o poder que as redes sociais têm e o efeito que elas podem causar na vida das pessoas! Todos os twitts e compartilhamentos, que começaram nas redes sociais, se transformaram em uma grande multidão nas ruas protestando por melhorias em todo o país!

Um levantamento da agência digital Today mostrou que os protestos geraram 548.944 publicações nas principais redes sociais. O Twitter foi o meio mais utilizado pelas pessoas, com 88% (cerca de 483.839 posts). No Facebook foram 60 mil postagens. O Google+ e blogs correspondeu aos 2% restantes. As hashtags mais utilizadas foram: #vemprarua; #ogiganteacordou; #protestosp; #mudabrasil; #semviolencia; #democracianaotemfronteiras; #changebrazil. Esses números correspondem apenas à segunda-feira dia 17/06/13, mas já podemos ter uma ideia de como essas manifestações estão mobilizando os brasileiros nas redes sociais.

Brasileiros de pelo menos 13 países se organizaram pelo Facebook para promover uma série de protestos em solidariedade aos manifestantes brasileiros. Foram realizados protestos em países como: França, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália, Portugal, Holanda, Irlanda, Bélgica, Estados Unidos, Canadá, Argentina e México. Pelo número de participantes confirmados no Facebook, os dois maiores protestos foram realizados na Alemanha e na Irlanda.

No Brasil, o grupo “Anonymous” assumiu um tipo de liderança ideológica no Facebook durante essas manifestações que acontecem pelo Brasil. Prova disso é a fanpage principal do grupo no Facebook que teve uma guinada explosiva nos últimos dias. O crescimento semanal de curtidas, segundo as estatísticas da própria página, pulou de 7.000 por semana para cerca de 130 mil. Eram 400 mil fãs na semana passada e hoje já são quase 850 mil fãs. Eles englobam a manifestação pela redução da tarifa do transporte público, criticam a corrupção, os erros de governo e injustiças no país.

Manifestações organizadas pelas redes sociais ainda são algo muito novo no Brasil e com dinâmicas bem diferentes de qualquer outro tipo de manifestação que já aconteceu aqui. Os governantes que quiserem atuar de forma realmente democrática vão ter que estudar as redes para poder dar uma resposta à altura dessa nova realidade brasileira, em vez de ficarem só tentando “localizar as lideranças” do movimento. Enfim… é em momentos como esse que as relações entre as redes sociais e as ruas se estreitam. Milhares de pessoas estão nas ruas relatando, pelas redes sociais, o calor da mobilização social. Mas também há outras centenas de milhares de pessoas que estão nas redes interagindo, compartilhando e se posicionando a favor do movimento, o que aumenta ainda mais a mobilização social, para além das ruas! E é nessa interação entre as redes sociais e as ruas que, principalmente, o Facebook ganha um papel de destaque.

Fonte: http://www.felipe-moreira.com/manifestacoes-no-brasil-x-facebook/

No trecho: “E, agora, querem enfiar “guela abaixo” do povo brasileiro mais um aumento no valor de um transporte público extremamente precário e ineficiente”, o autor faz o uso de uma figura de linguagem que também está presente em:

A

O cara que pensa em você toda hora/ Que conta os segundos se você demora/Que está todo o tempo querendo te ver/ Porque já não sabe ficar sem você. (O cara, Roberto Carlos)

B

Tem certos dias em que eu penso em minha gente/ E sinto assim todo o meu peito se apertar/ Porque parece que acontece de repente/ Como um desejo de eu viver sem me notar. (Gente humilde, Angela Maria)

C

Chora flauta, chora pinho/ Choro eu, o teu cantor/ Chora manso, bem baixinho/ Nesse choro falando de amor. (Falando de amor, Alaíde Costa)

D

Era uma vez duas criancinhas/Um mundo do faz de conta era onde eles viviam/Seus nomes eram José e Maria/ E verde e amarelo era a bandeira que vestiam/Queriam viver com felicidade mas pra isso era preciso saber sempre a verdade. (Mentiras do Brasil, Gabriel Pensador)

E

O amor é um grande laço/Um passo pr'uma armadilha/Um lobo correndo em círculo/Pra alimentar a matilha/Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha. (Faltando um pedaço, Djavan)

Gabarito:

O amor é um grande laço/Um passo pr'uma armadilha/Um lobo correndo em círculo/Pra alimentar a matilha/Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha. (Faltando um pedaço, Djavan)



Resolução:

Em "enfiar goela abaixo", há metáfora, pois é estabelecida uma analogia de significados entre duas palavras ou expressões. No trecho do enunciado, o significado literal seria "querer convencer forçosamente de algo". Essa mesma figura de linguagem aparece apenas na alternativa E, pois há uma associação do amor a um laço de armadilha e a um lobo andando em círculo em torno da sua matilha.



Questão 1890

(UEPA - 2012)

“A literatura do amor cortês, pode-se acrescentar, contribuiu para transformar de algum modo a realidade extraliterária, atua como componente do que Elias (1994)* chamou de processo civilizador. Ao mesmo tempo, a realidade extraliterária penetra processualmente nessa literatura que, em parte, nasceu como forma de sonho e de evasão.”

(Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, v. 41, n. 1 e 2, p. 83-110, Abril e Outubro de 2007 pp. 91-92)
(*) Cf. ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Zahar, 1994, v.1.

Interprete o comentário acima e, com base nele e em seus conhecimentos acerca do lirismo medieval galego-português, marque a alternativa correta:

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Questão 1899

(Uepa 2012) As diferenças etárias são muitas vezes causa de violência simbólica. Considerando isso, assinale os versos em que as frases expressam, de forma explícita, o tema básico de O Velho da Horta, fundamentado neste tipo de violência.

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Questão 1900

(Uepa 2012)

Há muitas formas de violência simbólica. Algumas se fundamentam no desrespeito aos caracteres externos (fenótipo) da variedade da espécie humana e, no caso específico, são, também, herança do nosso modelo socioeconômico de colonização. Interprete os versos abaixo de O Velho da Horta e reconheça a opção em que está sugerida essa forma de violência.

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Questão 3493

(UEPA - 2012)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Dear Readers,

Were you bullied at school today? Did you see someone else being bullied? According to a 2005 study by researchers at the University of California at Los Angeles, nearly one half of middle-school students reported being bullied at least once during five school days. Even more kids had seen others being bullied. Bullying is harmful not only to the kids that are bullied, but to every kid in school. Hitting, teasing, name-calling and other forms of bullying create an atmosphere of fear and dread. Every kid wonders, Will I be bullied next?

At TIME For Kids, we want every kid to feel comfortable, safe and confident at school, so everyone can focus on learning and growing. That’s why we are so proud that the Department of Health and Human Services has sponsored this supplement “Stop Bullying Now!” This is the first of three issues you will receive this year presenting bullying scenarios and showing you ways to cope with them. Share this comic book, and the two that follow, with your family and friends.

Bullying behavior has probably been around for as long as human beings have walked the earth. We hope to give kids the tools they need to react appropriately to bullying situations. Bullying should not be rewarded or tolerated.

Sincerely yours,

Martha Pickerill Managing

Editor, TIME For Kids

(Fonte: adaptado de http://www.edpubs.gov/document/ed005149p.pdf?ck=308; acesso em 06.09.2011)

 

A expressão “cope with” indica a ideia de:

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