Questão 5878

(FUVEST - 2014) O número real x, que satisfaz 3 < x < 4, tem uma expansão decimal na qual os 999.999 primeiros dígitos à direita da vírgula são iguais a 3. Os 1.000.001 dígitos seguintes são iguais a 2 e os restantes são iguais a zero.

Considere as seguintes afirmações:

I. x é irracional.

II.

III. x ⋅ 102.000.000 é um inteiro par.

Então,

A

nenhuma das três afirmações é verdadeira.

B

apenas as afirmações I e II são verdadeiras.

C

apenas a afirmação I é verdadeira.

D

apenas a afirmação II é verdadeira.

E

apenas a afirmação III é verdadeira.

Gabarito:

apenas a afirmação III é verdadeira.



Resolução:

I . Da definição de número irracional, temos que um número irracional é um número que não pode ser obtido pela divisão entre dois números inteiros.

Como vemos, x possui somente zeros depois da 2.000.000ª casa decimal. Isso quer dizer que multiplicando x por 10^(2.000.000) teremos um número inteiro como resultado. Desse modo, x é a divisão desse inteiro por 10^(2.000.000), que é outro número inteiro. Logo, x não é irracional.

 

II . 10/3 = 3,333... , ou seja, as casas decimais 3 são uma dízima periódica que repete infinitamente, sendo assim, x é menor que 10/3, pois o maior algarismo que pertence às casas decimais de x é 3 e este para de se repetir na 999.999ª casa.

 

III .  De acordo com o enunciado, X tem 2 000 000 de casas decimais. Desse modo, quando multiplicamos X por 10^(2 000 000), a vírgula caminha 2 000 000 casas para a direita, então teremos um número inteiro como resultado. Esse número inteiro é par, já que o último algarismo será 2.

 

Gabarito: E

Qualquer dúvida ou sugestão, pessoal, postem nos comentários!!



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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