(FUVEST - 2014) O número real x, que satisfaz 3 < x < 4, tem uma expansão decimal na qual os 999.999 primeiros dígitos à direita da vírgula são iguais a 3. Os 1.000.001 dígitos seguintes são iguais a 2 e os restantes são iguais a zero.
Considere as seguintes afirmações:
I. x é irracional.
II.
III. x ⋅ 102.000.000 é um inteiro par.
Então,
nenhuma das três afirmações é verdadeira.
apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
apenas a afirmação I é verdadeira.
apenas a afirmação II é verdadeira.
apenas a afirmação III é verdadeira.
Gabarito:
apenas a afirmação III é verdadeira.
I . Da definição de número irracional, temos que um número irracional é um número que não pode ser obtido pela divisão entre dois números inteiros.
Como vemos, x possui somente zeros depois da 2.000.000ª casa decimal. Isso quer dizer que multiplicando x por 10^(2.000.000) teremos um número inteiro como resultado. Desse modo, x é a divisão desse inteiro por 10^(2.000.000), que é outro número inteiro. Logo, x não é irracional.
II . 10/3 = 3,333... , ou seja, as casas decimais 3 são uma dízima periódica que repete infinitamente, sendo assim, x é menor que 10/3, pois o maior algarismo que pertence às casas decimais de x é 3 e este para de se repetir na 999.999ª casa.
III . De acordo com o enunciado, X tem 2 000 000 de casas decimais. Desse modo, quando multiplicamos X por 10^(2 000 000), a vírgula caminha 2 000 000 casas para a direita, então teremos um número inteiro como resultado. Esse número inteiro é par, já que o último algarismo será 2.
Gabarito: E
Qualquer dúvida ou sugestão, pessoal, postem nos comentários!!
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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