(FUVEST - 2021 - 2ª FASE)
É dado o sistema linear , em que 𝑝 e 𝑞 são números reais.
a) Determine todos os valores de 𝑝 e 𝑞 para que o sistema seja possível e indeterminado (isto é, tenha mais do que uma solução).
b) Determine todos os valores de 𝑝 e 𝑞 para que o sistema tenha solução (𝑥; 𝑦) com 𝑥=0.
c) Determine todos os valores de 𝑝 e 𝑞 para que o sistema não tenha solução.
Gabarito:
Resolução:
O sistema é
Deve-se ter em mente o seguinte esquema:
a) O sistema pedido é SPI, ou seja, deve ter determinantes primários e secundários iguais a zero:
Substituindo estes valores de p e q no sistema:
que caracteria uma equação só com infinitas soluções possíveis.
SOLUÇÃO: p = 4/5 e q = 6/5.
b) O sistema pedido é um Sistema Determinado (SPD), ou seja, um sistema que possua somente uma solução (x,y) tal que x = 0.
Na primeira equação do sistema podemos descobrir y:
2x + 3y = 5 => 3y = 5 => y = 5/3.
Substituindo este valor de y na segunda equação:
px + qy = 2 => q = 2/y = 2/(5/3) => q = 6/5.
Mas lembre-se de que se trata de um sistema SPD, então temos que o determinante primário deve ser diferente de zero:
, porém como x=0 p pode ser qualquer real.
SOLUÇÃO: q = 6/5, como x=0 p pode ser qualquer real.
c) O sistema pedido é SI, ou seja, não há solução. Aqui devemos ter o determinante primário como sendo zero, porém, pelo menos um dos determinantes secundários devem ser diferentes de zero:
Possibilidade 1:
, mas como , então .
Possibilidade 2:
, mas como , então .
SOLUÇÃO: p pode ser qualquer real diferente de 4/5 e q pode ser qualquer real diferente de 6/5.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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