(FUVEST - 2022 - 1ª fase)
TEXTO PARA A QUESTÃO.
No modelo hegemônico, quase todo o treinamento é reservado para o desenvolvimento muscular, sobrando muito pouco tempo para a mobilidade, a flexibilidade, o treino restaurativo, o relaxamento e o treinamento cardiovascular. Na teoria, seria algo em torno de 70% para o fortalecimento, 20% para o cárdio e 10% para a flexibilidade e outros. Na prática, muitos alunos direcionam 100% do tempo para o fortalecimento.
Como a prática cardiovascular é infinitamente mais significativa e determinante para a nossa saúde orgânica como um todo, podendo ser considerada o “coração” de um treinamento consciente e saudável, essa ordem deveria ser revista.
Nuno Cobra Jr. “Fitness não é saúde”. Uol. 06/05/2021. Adaptado
Dentre as expressões destacadas, a que exerce a mesma função sintática do termo sublinhado em “o treino restaurativo, o relaxamento e o treinamento cardiovascular” é:
um atleta de seleção precisa de treinamento intenso.
o amor ao esporte é fundamental para o atleta.
a população incorpora radicalmente atitudes saudáveis.
muitas pessoas se beneficiam de alimentos verdes
todo tipo de atividade física faz bem à saúde mental.
Gabarito:
um atleta de seleção precisa de treinamento intenso.
Em “o treino restaurativo”, o termo restaurativo exerce a função de um adjunto adnominal. Logo:
A) CORRETA: porque o termo de seleção é um adjunto adnominal, já que ele está caracterizando o sujeito da oração (um atleta) e pode ser retirado sem que a sentença fique sem sentido.
B) INCORRETA: neste caso, há uma relação de agentividade na palavra “amor”. Como está sendo colocado “amor a algo”, essa relação caracteriza o “a algo” como um complemento nominal (o amor está partindo do atleta para o esporte). Caso o contrário, se fosse “amor do esporte”, seria uma relação de adjunto adnominal, porque o amor estaria partindo do esporte.
C) INCORRETA: porque o termo radicalmente é um adjunto adverbial, ou seja, está modificando o sentido do verbo “incorpora”.
D) INCORRETA: porque o termo pessoas é o sujeito da oração, ou seja, a ação dessa sentença diz respeito a ele.
E) INCORRETA: porque o termo bem é o objeto direto da oração, uma vez que está completando o sentido do verbo “faz”.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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