(FUVEST- 2022 - 1ª fase)
Ao opor operários sob vigilância e operários a domicílio, a fábrica reduziu os seus custos sem se ver necessariamente obrigada a adotar uma tecnologia mais eficaz. O argumento da superioridade tecnológica não é, portanto, nem necessário nem suficiente para explicar o advento e o êxito da fábrica.
Stephen Marglin. “Origens e funções do parcelamento das tarefas”. Revista de Administração de Empresas, v.18, nº4. Rio de Janeiro, 1978, p.14. Adaptado.
De acordo com o economista norte-americano, o triunfo da organização econômica fabril deve ser compreendido
por meio do maciço investimento na tecnologia das grandes máquinas, diminuindo os custos da produção.
pela capacidade de controlar e padronizar as diferentes etapas do processo produtivo por meio da disciplina.
pelo processo de concentração de operários, que estimulou a disputa por vagas e a diminuição dos salários.
através da substituição das formas artesanais das oficinas domésticas pela estrutura de guildas e corporações.
por meio de estratégias de gestão que incidiam na divisão do trabalho e na introdução de bônus por produtividade.
Gabarito:
pela capacidade de controlar e padronizar as diferentes etapas do processo produtivo por meio da disciplina.
a) por meio do maciço investimento na tecnologia das grandes máquinas, diminuindo os custos da produção.
Incorreto. O triunfo da organização econômica fabril não deve ser compreendido por meio do maciço investimento na tecnologia das grandes máquinas, visto que o próprio texto fala: ‘’a fábrica reduziu os seus custos sem se ver necessariamente obrigada a adotar uma tecnologia mais eficaz.’’
b) pela capacidade de controlar e padronizar as diferentes etapas do processo produtivo por meio da disciplina.
Correta. O triunfo da organização econômica fabril não está ligado há uma superioridade tecnológica, e sim a capacidade de controlar e padronizar as diferentes etapas do processo produtivo. Isso ocorreu, pois a padronização foi um método muito utilizado nas fábricas que buscavam garantir a eficiência de suas operações. Quando se segue uma padronização, os trabalhadores garantem que estão realizando suas atividades da maneira mais fácil, segura e barata, garantindo a entrega de um produto de qualidade em tempo hábil, garantindo o triunfo da organização econômica fabril.
c) pelo processo de concentração de operários, que estimulou a disputa por vagas e a diminuição dos salários.
Incorreto. O texto não fala nada sobre um estímulo de vagas e disputa por vagas e diminuição do salário. O triunfo da organização econômica fabril está ligado ao processo de capacidade de controlar e padronizar as diferentes etapas dos processos produtivos por meio da disciplina.
d) através da substituição das formas artesanais das oficinas domésticas pela estrutura de guildas e corporações.
Incorreto. Corporações de ofício e guildas eram associações que surgiram na Idade Média, a partir do século XII, para regulamentar as profissões e o processo produtivo artesanal nas cidades. Dessa forma, essa alternativa é incorreta, pois o texto retrata um período na Idade Contemporânea, marcado pela Revolução Industrial, e não a Idade Média.
e) por meio de estratégias de gestão que incidiam na divisão do trabalho e na introdução de bônus por produtividade.
Incorreto. Não é possível afirmar que houve introdução de bônus de produtividade nesse contexto.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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