(FUVEST - 2022 - 2ª FASE)
Para se obter o café descafeinado, sem que ocorra a perda dos compostos de sabor e aroma, pode ser realizada a extração seletiva. Para promover essa extração, pode-se, por exemplo, utilizar um solvente concentrado com os compostos que não se desejam extrair. Um dos procedimentos para a descafeinação do café por extração seletiva é apresentado no diagrama a seguir:
Com base nas informações do texto, do diagrama e em seus conhecimentos, responda:
a) Entre as soluções A, B, C e D, qual(is) pode(m) ser considerada(s) descafeinada(s)?
b) Os grãos de café (I) estão descafeinados? Por que eles não são aproveitados para preparar café?
c) Na etapa de extração dos compostos do café a partir dos grãos crus é feito o cozimento. Sabendo-se que o comportamento de solubilidade dos compostos do café é similar ao da maioria dos compostos orgânicos, qual a relação entre a temperatura da água e a eficiência da extração? Justifique sua resposta.
Gabarito:
Resolução:
a) Para uma solução ser classificada como descafeinada ela não pode conter cafeína. Considerando isso, a solução A não é descafeinada já que é obtida com o simples cozimento do grão de café, sem nenhum tipo de separação.
A solução B pode ser classificada como descafeinada já que é obtida a partir da separação dos grãos de café e da retenção da cafeína com carvão ativado.
A solução C não é descafeinada porque é obtida a partir do cozimento da solução B com grãos de café crus, ou seja, que possuem cafeína.
A solução D, assim como a B, é descafeinada porque é obtida da mesma maneira, com separação dos grãos de café com retenção da cafeína com carvão ativado.
b) Ao fazer a primeira extração com água, são extraídos do grão de café tanto a cafeína quanto os compostos responsáveis por sabor e aroma. Dessa forma, o grão de café (I) é descafeinado, porém, não pode ser utilizado para fazer café descafeinado porque não possui aroma e sabor. Ao fazer a segunda extração, com uma solução descafeinada apenas, é extraída apenas a cafeína, sendo obtido ao final grãos de café descafeinados que possuem aroma e sabor, e podem ser utilizados para fazer café.
c) A extração é mais eficiente em altas temperaturas porque a solubilidade é favorecida nessa taxa de temperatura, já que as interações intermoleculares aumentam.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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