(FUVEST- 2022 - 2ª fase)
Analise a imagem:
El Greco, Alegoria da Santa Aliança (Sonho de Filipe II), 1579. El Escorial, Espanha. Óleo sobre tela. PUPPI, Lionello. El Grecco. Florença: Sadea Editore, 1977, prancha 8.
A partir da pintura de El Greco:
a) Identifique um aspecto religioso característico do império espanhol ao final do século XVI.
b) Identifique e explique um aspecto social característico do império espanhol ao final do século XVI.
c) Explique o papel da religião na formulação das justificativas para a colonização da América.
Gabarito:
Resolução:
a) Pode-se mensurar como um importante aspecto religioso inerente ao império espanhol do século XVI a presença do catolicismo romano como religião oficial, em que, à época, toda a Espanha estava unificada sob o domínio de um monarca católico, tornando-se o mais rico Estado europeu e utilizando da religião como ponto fulcral para a centralização do Estado sob a batuta do monarca, e promovendo sob a égide do processo de colonização, aculturação e das perseguições religiosas, a difusão da doutrina católica em suas colônias. Nessa aliança, o rei era considerado representante divino na terra, o que justificava seu poder absoluto.
b) Considera-se um aspecto social fundamental do império espanhol ao final do século XVI, a estruturação de uma "sociedade de corte". Nesta, a sociedade organiza-se em ordens, na qual o monarca ocupa uma posição de governante absoluto e intransigível, enviado divino na terra, o corpo clerical, junto à nobreza, ocupavam uma posição de grande privilégio com a isenção de tributos, a possibilidade de ocupar cargos na administração do Estado, enquanto pessoas que não faziam parte do clero ou da nobreza, os cidadãos comuns como trabalhadores cortesãos, burgueses, camponeses, criados, comerciantes e demais profissionais tinham obrigação de pagar todos os impostos, e basicamente não tinham direito algum.
c) Nota-se que a colonização da América esteve intimamente associada à expansão da fé, das doutrinas e dos dogmas católicos. Nesse contexto, após as reformas Protestantes, a Igreja Católica se recuperava de um grande declínio na esfera de influência, e fomentou um movimento chamado de "Contrarreforma", em que o corpo clerical junto ao papa, passa a defender a salvação espiritual dos povos indígenas americanos através do Catolicismo, o que leva ao aval para a criação de ordens religiosas, como a jesuítica, e consequentemente, ao fomento das missões.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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