Questão 70278

(FUVEST - 2022 - 2ª fase)

Uma bola de borracha de massa 𝑚 = 50 gramas é abandonada do repouso, a partir de uma certa altura ℎ. A resistência do ar não é desprezível, e o movimento da bola durante 0,6 segundo após o início da queda é registrado por uma câmera de alta resolução. Considerando o esquema da situação inicial e os gráficos da dependência temporal da altura 𝑦 e da velocidade vertical 𝑣y da bola, responda às questões a seguir.

a) No instante t = 0,2 s, a força resultante que atua sobre a bola tem sentido para cima, sentido para baixo ou tem intensidade nula? Justifique sua resposta.

b) Calcule a energia cinética perdida pela bola entre os instantes imediatamente antes e imediatamente depois do choque com o solo.

c) Calcule o módulo da força média de resistência do ar atuando sobre a bola entre o instante inicial e o instante imediatamente antes de ela atingir o solo pela primeira vez.

Note e adote:

Despreze as dimensões da bola frente à altura inicial.
Aceleração da gravidade: g = 10 m/s2.

Gabarito:

Resolução:

a) No instante t = 0,2, a inclinação da curva no gráfico de vy(t) × t indica uma aceleração negativa. Como o sentido do eixo vertical é positivo para cima, pela primeira imagem, podemos inferir que a aceleração nesse instante tem sentido para baixo e portanto a força resultante também terá o seu sentido para baixo.

b) O choque acontece em t = 0,5s. Pelo gráfico de vy(t) × t, o módulo da velocidade antes do choque era 3 m/s e após o choque o módulo da velocidade era 2 m/s.

Sendo assim, a variação da energia cinética será Delta E_K = 25cdot 10^{-3}(2^2- 3^2).

Delta E_K = -1,25cdot 10^{-1} J.

O valor negativo indica que há perda de energia cinética de módulo 1,25 cdot 10^{-1} J.

c) A energia cinética antes do choque com o solo é E_K = 2,25cdot 10^{-1} J.

A energia cinética no início da queda é nula.

Portanto, a energia cinética antes do choque deve ser igual à soma dos trabalhos da força gravitacional e o trabalho da força de resistência do ar.

O trabalho da força gravitacional é 	au_g = mgh = 0,45 J.

Isso implica que o trabalho da força de resistência do ar é 	au_{F_{media}} = -0,225 J.

O deslocamento é de 0,9 m no sentido contrário ao da força, então podemos inferir que o módulo da força média de resistência do ar é dado pela razão entre o módulo do trabalho e o módulo do deslocamento.

Sendo assim, o módulo da força média é 2,5cdot 10^{-1} N.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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