Questão 77008

(FUVEST- 2023 - 1ª fase)

 

Na teoria musical, o intervalo entre duas notas é medido pela razão entre suas frequências (medidas em Hz). Na escala pitagórica, os intervalos de um tom e de um semitom correspondem, respectivamente, às razões frac{9}{8} e frac{256}{243}. A soma de intervalos corresponde ao produto das razões. Por exemplo, no intervalo de dois tons, a razão entre as frequências é de frac{9}{8} cdot frac{9}{8} = frac{81}{64}.

 

 

Em um instrumento afinado de acordo com a escala pitagórica, se o intervalo entre uma nota de 220 Hz e outra de 990 Hz é composto por n tons e m semitons, a soma m+n é igual a:

A

13

B

14

C

15

D

16

E

17

Gabarito:

15



Resolução:

De acordo com enunciado temos que a soma de intervalos corresponde ao produto das razões. Mas não sabemos quantos tons e semitons temos no intervalo de  entre uma nota de 220 Hz e outra de 990 Hz. Portanto, podemos fazer: 

(frac{9}{8})^{n} . (frac{256}{243}) ^{m} = frac{990}{220}

Podemos simplificar o lado direito:

(frac{9}{8})^{n} . (frac{256}{243}) ^{m} = frac{9}{2}

(frac{3^{2}}{2^{3}})^{n} . (frac{2^{8}}{3^{5}}) ^{m} = frac{3^{2}}{2}

(3^{2} . 2^{-3})^{n} . (2^{8}.3^{-5}) ^{m} = 3^{2}. 2^{-1}

3^{2n} . 2^{-3n} . 2^{8m}.3^{-5m} = 3^{2}. 2^{-1}

3^{2n - 5m} . 2^{-3n + 8m} = 3^{2}. 2^{-1}

Portanto, temos: 

left{egin{matrix} 2n-5m & = 2 \ -3n + 8m = -1 & end{matrix}
ight.

Multilicando por 3 a primeira equação e mutiplicando po 2 a segunda, e depois somandando as duas:  

6n - 15m = 6

-6n + 16m = -2

\ 0 n + 1m = 4 \ \ m = 4

Portanto, podemos achar n: 

\ 2n - 5m = 2 \ \ 2n - 20 = 2 \ \ 2n = 22 \ n = 11

Portanto: m + n = 4 + 11 = 15 

Gabarito: C



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

Ver questão

Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

Ver questão

Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

Ver questão

Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

Ver questão