(FUVEST- 2023 - 1ª fase)
Observe a imagem de satélite a seguir:
Parte dos topos do Chapadão Ocidental Baiano, divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios Tocantins e São Francisco, é dominada por monocultura para exportação. Com base na imagem e em seus conhecimentos, é correto afirmar que
tanto a bacia do rio Tocantins quanto a do São Francisco são ameaçadas por contaminação de agrotóxicos nas áreas do Chapadão, cujos divisores topográficos não impedem os fluxos subterrâneos das substâncias utilizadas nas monoculturas.
a maior parte das áreas cultivadas localiza-se no estado do Tocantins, sendo erodidas pelos rios sem conexão com o topo do Chapadão Ocidental Baiano, o que dificulta a dispersão dos agrotóxicos.
a bacia do rio São Francisco é ameaçada pelos agrotóxicos, pois os divisores de águas nas áreas do Chapadão tendem a fluir as substâncias nas drenagens somente para o estado da Bahia.
tanto a bacia do rio Tocantins quanto do rio São Francisco se encontram distantes das áreas de topo do Chapadão Ocidental Baiano onde estão as monoculturas, dificultando a efluência dos agrotóxicos em ambos.
a bacia do rio Tocantins é mais ameaçada do que a do São Francisco pela contaminação originada do uso de agrotóxicos, pois os divisores de águas convergem para o estado do Tocantins.
Gabarito:
tanto a bacia do rio Tocantins quanto a do São Francisco são ameaçadas por contaminação de agrotóxicos nas áreas do Chapadão, cujos divisores topográficos não impedem os fluxos subterrâneos das substâncias utilizadas nas monoculturas.
(A) Correta. O Chapadão Ocidental da Bahia é um dos divisores de águas das bacias hidrográficas do Rio Tocantins e do Rio São Francisco. Dessa forma, os agrotóxicos utilizados nas monoculturas localizadas no topo do chapadão podem se dispersar para ambas as bacias hidrográficas.
(B) Incorreta. Através da imagem de satélite é possível perceber que existe uma forte área de monocultura no lado do Estado da Bahia.
(C) Incorreta. Os agrotóxicos podem ser conduzidos para ambas as bacias visto que foram dispersados numa região que é o divisor de águas entre o Rio São Francisco e o Rio Tocantins.
(D) Incorreta. O Chapadão divide ambas as bacias, estando próxima dos rios principais e seus afluentes.
(E) Incorreta. Os divisores de águas são áreas mais altas que fazem parte do limite geográfico de uma bacia, escoando a água para ambos os lados.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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