(FUVEST - 2023)
O reino do Congo se formou a partir da mistura, por meio de casamentos, de uma elite tradicional com uma elite nova, descendente dos estrangeiros que vieram do outro lado do rio. Isso ocorreu no início do século XV, e quando os portugueses a ele chegaram (o primeiro contato se deu em 1483), encontraram uma sociedade hierarquizada, com aglomerados populacionais que funcionavam como capitais regionais e uma capital central, na qual o mani Congo, como o obá do Benin e muitos outros chefes de grupos diversos, vivia em construções grandiosas, cercado de suas mulheres e filhos, conselheiros, escravos e ritos.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2008. p. 38.
A partir da leitura da imagem e do texto, responda às questões a seguir:
a) De que forma a caracterização do reino do Congo como uma sociedade hierarquizada é representada na imagem?
b) Cite dois elementos da imagem que remetem a símbolos europeus de realeza.
c) Como a imagem representa as relações entre as nações europeias e os reinos africanos no início da Idade Moderna?
Gabarito:
Resolução:
a) De que forma a caracterização do reino do Congo como uma sociedade hierarquizada é representada na imagem?
A hierarquização da sociedade do reino do Congo é representada na imagem a partir da disposição do rei e sua corte em um estrato superior, mais alto, às demais figuras dispostas na imagem e pela centralidade com que é colocado na tela.
b) Cite dois elementos da imagem que remetem a símbolos europeus de realeza.
Elementos possíveis de serem citados: a presença da coroa; a centralidade do rei na imagem; o dossel; o manto real que está vestido; o cetro em sua mão; sua corte ao seu redor.
c) Como a imagem representa as relações entre as nações europeias e os reinos africanos no início da Idade Moderna?
A imagem não apresenta uma relação de domínio dos europeus e destaque de suas figuras em um sentido de superioridade em relação aos africanos; a presença de um reino já bem organizado e poderoso; a negociação entre as partes para a obtenção de mercadorias; a presença de escravos, que faziam parte das trocas comerciais como mercadorias;
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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