Questão 82476

(FUVEST - 2024)

Leia o texto para responder à questão.

 

“Tudo que nos acontece, especialmente nesta era da (Des)Informação, pode ser sintetizado pelas imagens que passam, céleres, pela internet, com destaque para as que estão nas redes sociais. Os textos vão ficando cada vez mais curtos, os vídeos, minúsculos, porém, mais numerosos e cheios de efeitos. As fotos, cada vez mais sofisticadas, mais ‘nítidas’ ou elaboradas com técnicas de inteligência artificial, fazem com que duvidemos do que vemos, o que nos torna cada vez mais incrédulos e inseguros daquilo que nos acontece. Quem não se chocou com as imagens de destruição dos prédios dos Três Poderes brasileiros por conta do ataque de vândalos no dia 8 de janeiro? E o que dizer das fotos e vídeos dos Yanomami, exibindo o descaso, o descuido, a crueldade, o genocídio em curso, como já afirmam as diversas instituições responsáveis pelos direitos humanos no Brasil e no mundo? Muitos de nós realmente ficamos sem palavras, e não porque ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’, mas sobretudo porque ainda há quem questione se estamos vendo o que estamos vendo e, o que é mais preocupante, saindo em defesa ou contrapondo essas imagens com outras, ‘fakes’ e eivadas de teorias conspiratórias. Olhar, no mundo em que vivemos, mais do que nunca é buscar e ‘fabricar uma significação’. Nesses tempos em que reinam a desinformação e as teorias conspiratórias, ter ‘olhos de ver’ é mais um dos desafios que temos de enfrentar no nosso cotidiano, especialmente se estamos nas mídias sociais. Está cada dia mais complicado pensar sobre o que vemos.”

Januária Cristina Alves. Uma imagem é sempre muito mais do que uma imagem. 02/02/2023. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/. Adaptado.

 

a) Qual o significado no texto da expressão “olhos de ver”? Relacione o seu sentido com a sua importância em tempos de “(Des)Informação”.

b) Mantendo o sentido do texto, escreva três palavras que podem substituir, respectivamente, “céleres”, “incrédulos" e “eivadas”.

Gabarito:

Resolução:



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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