Questão 8850

(FUVEST - 2016) 

Sabe-se que os metais ferro (Fe0), magnésio (Mg0) e estanho (Sn0) reagem com soluções de ácidos minerais, liberando gás hidrogênio e formando íons divalentes em solução.

Foram feitos três experimentos em que três amostras metálicas de mesma massa reagiram, separada e completamente, com uma solução aquosa de ácido clorídrico (HCℓ(aq)) de concentração 0,1 mol/L. 

Os resultados obtidos foram:

Colocando-se os valores de V1, V2 e V3 em ordem decrescente, obtém-se

Note e adote:

Massa molar (g/ mol) : Mg ....... 24
                                          Fe  ....... 56
                                          Sn ...... 119

 

A

V2 > V3 > V1

B

V3 > V1 > V2

C

V1 > V3 > V2

D

V2 > V1 > V3

E

V1 > V2 > V3

Gabarito:

V2 > V1 > V3



Resolução:

A reação do ferro puro com o ácido clorídrico é:

Fe_{(s)} + 2 HCl_{(aq)} 
ightarrow FeCl_{2(aq)} + H_{2(g)}

Sabemos que a massa de ferro puro utilizado no experimento 1 é de 5,6 gramas. Desse modo, podemos encontrar o número de mols de HCl e, sabendo sua concentração, o volume gasto para reagir:

1 mol de Fe ______ 2 mols de HCl
56g de Fe _______ 2 mols de HCl
5,6g de Fe _______ x mols de HCl

x = 0,2 mols de HCl

A concentração do HCl é de 0,1 molL-1:

0,1 mol de HCl _____ 1 litro
0,2 mol de HCl _____ V1 litro

V1 = 2 litros de HCl

Nos outros casos, teremos a mesma quantidade de massa, mas uma mistura de ferro e magnésio e ferro e estanho. O número de mols da mistura de ferro e magnésio pode ser obtido por:

n_{(Fe + Mg)} = frac{m}{MM} = frac{5,6g}{MM_{(Fe + Mg)}} = frac{5,6g}{acdot MM_{Fe} + bcdot MM_{Mg}}

Em que MM(Fe + Mg) será a média ponderada da mistura entre ferro e magnésio, dependendo da quantidade de cada elemento ('a' e 'b'). Como o magnésio apresenta massa molar menor que a do ferro, o número de mols final dessa mistura será maior que a do ferro puro. Dessa forma, teremos maior número de mols de HCl para reagir com essa mistura e, consequentemente, maior será o volume utilizado (V2).

O mesmo vale para a mistura de ferro com estanho:

n_{(Fe + Mg)} = frac{m}{MM} = frac{5,6g}{MM_{(Fe + Sn)}} = frac{5,6g}{acdot MM_{Fe} + ccdot MM_{Sn}}

Mas nesse caso, o estanho apresenta maior massa molar, fazendo com que o número de mols seja menor. Sendo assim, o número de mols de HCl que vão reagir será menor e, consequentemente, menor será o volume (V3)



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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