Questão 4049

(Fuvest 2000) Em um copo grande, termicamente isolado, contendo água à temperatura ambiente (25°C), são colocados 2 cubos de gelo a 0°C. A temperatura da água passa a ser, aproximadamente, de 1°C. Nas mesmas condições se, em vez de 2, fossem colocados 4 cubos de gelo iguais aos anteriores, ao ser atingido o equilíbrio, haveria no copo

A

apenas água acima de 0°C.

B

apenas água a 0°C.

C

gelo a 0°C e água acima de 0°C.

D

gelo e água a 0°C.

E

apenas gelo a 0°C

Gabarito:

gelo e água a 0°C.



Resolução:

As equações na calorimetria são Q = mcDelta T e Q = mL, para o calor sensível e latente, respectivamente.

Vamos supor que temos as massas M e m, para a massa de água e para a massa de cada cubo de gelo, respectivamente.

Então, pela situação descrita inicialmente:

Mcdot1cdot24 = 2mcdot80 + 2mcdot1*1, já que a água resfria 24ºC enquanto os 2 cubos de gelo derretem e se aquecem de 0ºC até 1ºC

Portanto, encontramos a relação entre as massas: M = 6,75m.

Na situação final, precisamos fazer uma suposição.

Vamos supor que a temperatura final será de 0 ºC no equilíbrio e teremos uma massa x de gelo derretida menor que a massa total de gelo adicionada ao problema.

Dessa forma temos Mcdot1cdot25 = xcdot80. Essa situação acontece se x < 4m.

Neste caso estamos calculando como se os 4 gelos fossem adicionados inicialmente ao mesmo tempo, já que matematicamente não faz diferença. 

Como já descobrimos M = 6,75m, podemos substituir e encontrar: x = frac{6,75cdot25m}{80}.

Portanto, x = 2,11 m. Sendo assim, a suposição é coerente pois x de fato é menor que 4m.

Este resultado encontrado indica que apenas 5,5% dos 2 cubos de gelo a mais que foram colocados irão derreter para levar o sistema para a temperatura de equilíbrio em 0ºC a partir da situação em que o sistema estaria equilibrado em 1ºC.

Concluímos que haverá gelo e água líquida a 0ºC no equilíbrio térmico.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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