(FUVEST - 2000) Se x e y são dois números inteiros, estritamente positivos e consecutivos, qual dos números abaixo é necessariamente um inteiro ímpar?
2x + 3y
3x + 2y
xy + 1
2xy + 2
x + y + 1
Gabarito:
xy + 1
Como os números são consecutivos, necessariamente um deles é par. Analisaremos as alternativas:
a) 2x + 3y não é necessariamente ímpar, pois se x é par, y é necessariamente ímpar, o que implica 2x ser par e 3y ser ímpar e a soma ser ímpar.
b) 3x + 2y não é necessariamente ímpar, pois se y é par, x é necessariamente ímpar, o que implica 2y ser par e 3x ser ímpar e a soma ser ímpar.
c) xy + 1 é necessariamente ímpar pois, como um deles é necessariamente par, o produto xy é par e a soma xy + 1 é ímpar.
d) 2xy + 2 pode ser escrito como 2*(xy + 1) e fica evidente que é um número par.
e) x + y + 1 não é necessariamente ímpar, pois como um deles é necessariamente ímpar, basta perceber que somando o 1 ao número ímpar, teremos uma soma de dois números pares.
PS: Existem alguns detalhes de funções pares e impares que podem ser considerados:
1º - A soma de dois números naturais de mesma paridade é par.
2º - A soma de dois números naturais de paridade oposta é ímpar.
3º - O produto de dois números naturais só será ímpar se os dois números forem ímpares.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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