(FUVEST - 2001 - 2a fase - Questão 9)
Dado um número real a, considere o seguinte problema:
"Achar números reais , não todos nulos, que satisfaçam o sistema linear:
para , onde ".
a) Escreva o sistema linear acima em forma matricial.
b) Para que valores de a o problema acima tem solução?
c) Existe, para algum valor de a, uma solução do problema com ? Se existir, determine tal solução.
Gabarito:
Resolução:
a) Vamos substituir os valores de r:
Lembrando que todos são iguais a 0. Dessa forma, representando forma matricial:
b) Podemos resolver o sistema agora. Temos a solução trivial onde todos os valores de x são iguais a 0, porém a questão diz que não devem ser todos nulos. Sendo assim, para que existam tais soluções, o determinante da matriz dos coeficientes deve ser diferente de 0. Assim:
Escolhendo como pivô o elemento a33:
Agora escolhendo como pivo o elemento a11:
Escolhendo novamente o elemento a11:
Calculanod o determinante da matriz agora:
c) Para x1=1, teremos o seguinte sistema:
(Omiti os demais pois só astrês primeiras expressões são necessárias)
Para x1=1, teremos:
Substituindo na próxima equação:
Sendo que temos que x3 é igual a 0, assim:
Esse é o valor de a. Sendo assim, para a solução do problema é x1=1, x2=-1/2 e x3=x4=x5=x6=0.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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