Questão 4246

(FUVEST - 2003 - 1a Fase) O gasômetro G, utilizado para o armazenamento de ar, é um recipiente cilíndrico, metálico, com paredes laterais de pequena espessura. G é fechado na sua parte superior, aberto na inferior que permanece imersa em água e pode se mover na direção vertical. G contém ar, inicialmente à temperatura de 300 K e o nível da água no seu interior se encontra 2,0 m abaixo do nível externo da água. Nessas condições, a tampa de G está 9,0 m acima do nível externo da água, como mostra a figura. Aquecendo-se o gás, o sistema se estabiliza numa nova altura de equilíbrio, com a tampa superior a uma altura H, em relação ao nível externo da água, e com a temperatura do gás a 360 K. Supondo que o ar se comporte como um gás ideal, a nova altura H será, aproximadamente, igual a

A

8,8 m.

B

9,0 m.

C

10,8 m.

D

11,2 m.

E

13,2 m.

Gabarito:

11,2 m.



Resolução:

Vamos analisar uma curiosidade sobre o problema: o desnível é constante

Por quê?

Simples:

Pela figura inferior temos que:

P_{interna}=P_{externa}+d.g.h

Pela figura superior, temos um equilíbrio de forças para manter o recipiente parado (lembre que as paredes não tem espessura e logo não existe empuxo, pois não existe volume submerso):

(P_{interna}-P_{externa})Area=M.g

Como o peso do recipiente é constante, a diferença de pressão também deve ser, assim, ao olharmos novamente para a equação que dá o desnível:

P_{interna}-P_{externa}=d.g.h

Como a diferença de pressões é constante e a densidade da água e a gravidade também são constantes, então o desnível é constante!

 

Mais que isso, como a diferença de pressão é constante, a pressão interna deve ser constante também! Pois a pressão externa é a pressão atmosférica que é constante!

 

Agora temos o seguinte:

frac{P_{final}V_{final}}{T_{final}}=frac{P_{inicial}V_{inicial}}{T_{inicial}}

 

Como a pressão não muda:

frac{V_{final}}{T_{final}}=frac{V_{inicial}}{T_{inicial}}

Temos que o volume é igual ao volume do recipiente, então:

V{inicial}=(H_0+2)A

V{final}=(H+2)A

 

Finalmente:

frac{V_{final}}{V_{inicial}}=frac{T_{final}}{T_{inicial}}

frac{H+2}{11}=frac{360}{300}

H=11,2m



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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