(FUVEST - 2003 - 1a Fase)
Tarzan, foto de 1931.
Os personagens acima, difundidos pelo cinema em todo o mundo, representam
o modelo de “bom selvagem” segundo a teoria do filósofo J. Jacques Rousseau.
o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazi-facismo.
o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos pela ideologia do “american way of life”.
a superioridade do “homem branco” segundo os defensores da expansão “civilizatória ocidental”.
um valor estético permanente no mundo ocidental, criado pela cultura grega, a partir do mito de Ulisses e Penélope.
Gabarito:
a superioridade do “homem branco” segundo os defensores da expansão “civilizatória ocidental”.
a) o modelo de “bom selvagem” segundo a teoria do filósofo J. Jacques Rousseau.
Incorreto. O modelo de ‘’bom selvagem ‘’ é a tese de que o ser humano era puro e inocente em seu estado natural, sendo a sociedade responsável por incutir nele valores e hábitos que o conduziriam ao conflito e aos problemas que na visão de Rousseau marcavam a sociedade. Dessa forma, essa imagem não tem ligação com esse modelo.
b) o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazi-facismo.
Incorreto. Não se pode considerar o Tarzan como um protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazi-facismo.
c) o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos pela ideologia do “american way of life”.
Incorreto. American way of life foi um modelo de comportamento surgido nos Estados Unidos após a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. Este modo de viver passava pelo consumismo, a padronização social e a crença nos valores democráticos liberais. Não havia nenhuma preservação ambiental difundida por essa ideologia.
d) a superioridade do “homem branco” segundo os defensores da expansão “civilizatória ocidental”.
Correta. Tarzan, "o rei da selva" é um homem branco que, por sua inteligência superior, se adapta ao meio e torna-se herói em ações que envolvem tanto animais selvagens, como "homens selvagens", pertencentes as tribos "atrasadas" e "não-civilizada" do interior da África, reforçando a tese do "fardo do homem branco" do período do neocolonialismo.
e) um valor estético permanente no mundo ocidental, criado pela cultura grega, a partir do mito de Ulisses e Penélope.
Incorreto. O Tarzan não foi criado a partir do mito de Ulisses e Penélope.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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