Questão 52101

(FUVEST - 2003 - 1a Fase) Perto do ano 1000, manifestações de medo foram verificadas em todo o Ocidente, como se o fim do milênio trouxesse consigo o fim dos tempos. Tal situação deve ser entendida como

A

manifestação da crescente religiosidade que caracterizava a sociedade feudal.

B

indício do crescente analfabetismo das camadas populares e diminuição da religiosidade clerical.

C

decorrência da tomada do Império Bizantino pelos muçulmanos do norte da África.

D

traço típico de uma sociedade em transição que se tornava mais clerical e menos guerreira.

E

característica do momento de centralização política e de formação das monarquias nacionais.

Gabarito:

manifestação da crescente religiosidade que caracterizava a sociedade feudal.



Resolução:

a) manifestação da crescente religiosidade que caracterizava a sociedade feudal.

Correta. A sociedade feudal foi caracterizada pela formação cultural e ideológica monopolizada pela Igreja Católica, no qual tinha como base o dogmatismo da Igreja. Naquele contexto, com a milenarismo, acreditava-se que o fim do século corresponderia ao início de uma "Nova Era".

b) indício do crescente analfabetismo das camadas populares e diminuição da religiosidade clerical.

Incorreto. Não houve diminuição da religiosidade clerical. 

c) decorrência da tomada do Império Bizantino pelos muçulmanos do norte da África.

Incorreto. A tomada no Império Bizantino foi posterior ao ano 1000.

d) traço típico de uma sociedade em transição que se tornava mais clerical e menos guerreira.

Incorreto. A sociedade não se tornou menos guerreira naquele contexto. 

e) característica do momento de centralização política e de formação das monarquias nacionais.

Incorreto. A Formação das Monarquias Nacionais ocorreu durante o período da Baixa Idade Média, entre os séculos XII e XV, nos países da Europa Ocidental. Dessa forma, ocorreu posteriormente ao ano 1000. 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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