Questão 12795

(FUVEST - 2003 - 1a Fase)  "Antigamente a Lusitânia e a Andaluzia eram o fim do mundo, mas agora, com a descoberta das Índias, tornaram-se o centro dele". Essa frase, de Tomás de Mercado, escritor espanhol do século 16, referia-se 

A

ao poderio das monarquias francesa e inglesa, que se tornaram centrais desde então. 

B

à alteração do centro de gravidade econômica da Europa e à importância crescente dos novos mercados. 

C

 ao papel que os portos de Lisboa e Sevilha assumiram no comércio com os marajás indianos.

D

ao fato de a América ter passado a absorver, desde então, todo o comércio europeu.

E

ao desenvolvimento da navegação a vapor, que encurtava distâncias.

Gabarito:

à alteração do centro de gravidade econômica da Europa e à importância crescente dos novos mercados. 



Resolução:

a) ao poderio das monarquias francesa e inglesa, que se tornaram centrais desde então. 

Incorreto. A questão está falando de  Portugal e Espanha, e não das monarquias francesa e inglesa. 

b) à alteração do centro de gravidade econômica da Europa e à importância crescente dos novos mercados. 

Correta. A questão se refere à pouca importância que Portugal e Espanha (Lusitânia e a Andaluzia respectivamente) tinham durante a baixa Idade Média, período de desenvolvimento e protagonismo das cidades italianas, regiões francesas, Alemanha e Flandres. A partir da Idade Moderna, porém, com a expansão marítimo-comercial, houve ampliação das rotas de mercado da Europa e o eixo econômico transferiu-se do Mediterrâneo para o Atlântico, colocando a península ibérica como a região mais dinâmica do comércio internacional. 

c) ao papel que os portos de Lisboa e Sevilha assumiram no comércio com os marajás indianos.

Incorreto. A questão está pedindo uma análise do papel da Lusitânia e Andaluzia no período das grandes navegações. Esses portos citados nessa alternativa não foram os mais importantes e não pode-se dizer que o comércio de especiarias era realizado com os marajás indianos.

d) ao fato de a América ter passado a absorver, desde então, todo o comércio europeu.

Incorreto. A América passa a gerar os produtos que serão comercializados, e não absorver o comércio da Europa.

e) ao desenvolvimento da navegação a vapor, que encurtava distâncias.

Incorreto. A navegação a vapor não está inserido nesse contexto.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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