Questão 16636

(FUVEST) O ornitorrinco e a equidna são mamíferos primitivos que botam ovos, no interior dos quais ocorre o desenvolvimento embrionário. Sobre esses animais, é correto afirmar que

A

diferentemente dos mamíferos placentários, eles apresentam autofecundação.

B

diferentemente dos mamíferos placentários, eles não produzem leite para a alimentação dos filhotes.

C

diferentemente dos mamíferos placentários, seus embriões realizam trocas gasosas diretamente com o ar por meio do alantóide.

D

à semelhança dos mamíferos placentários, seus embriões alimentam-se exclusivamente de vitelo acumulado no ovo.

E

à semelhança dos mamíferos placentários, seus embriões livram-se dos excretas nitrogenados através da placenta.

Gabarito:

diferentemente dos mamíferos placentários, seus embriões realizam trocas gasosas diretamente com o ar por meio do alantóide.



Resolução:

a) Incorreta. Mamíferos não apresentam autofecundação. 

b) Incorreta. Esses mamíferos ovíparos produzem leite. 

c) Correta. O alantoide, nos ovos com casca, é o anexo responsável por realizar as trocas gasosas entre o embrião e o meio externo. Diferente dos mamíferos placentários, que realizam a troca gasosa por meio da placenta e o sangue materno, ou seja, de um meio interno ainda, nos monotremados as trocas gasosas ocorrem diretamente com o ar, o meio externo, uma vez que são animais que botam ovos e os gases se difundem pela casca (câmara de ar) e o alantoide. 

d) Incorreta. Nos mamíferos placentários, a nutrição do embrião vem diretamente da circulação materna. 

e) Incorreta. Os embriões de mamíferos ovíparos não se livram de excretas nitrogenadas através de placenta.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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