Questão 50332

(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões.

 

ESCREVO-LHE ESTA CARTA...

Um ano depois, programa de alfabetização no Acre

apresenta resultados acima da média e, como

prova final, bilhetes comoventes

 

     Repleto de adultos recém-alfabetizados, o Teatro

Plácido de Castro, na capital do Acre, Rio Branco, quase

veio abaixo com a leitura do bilhete escrito pela dona de

casa Sebastiana Costa para o marido: “Manoel, eu fui

para aula. Se quiser comida esquente. Foi eu que

escrevi.” Atordoada com os aplausos, a franzina

Sebastiana desceu do palco com a cabeça baixa e os

ombros encurvados.

     Casada há trinta anos e mãe de oito filhos, ela só

descontraiu um pouco quando a ministra do Meio

Ambiente, Marina Silva, comentou que o bilhete não

precisava ser interpretado como um desaforo, embora

passasse um sentimento de libertação. Alfabetizada

apenas aos dezessete anos, a ministra Marina conhece

como poucos o drama daqueles que não são capazes

de decifrar o letreiro de um ônibus ou de rabiscar uma

simples mensagem.

 

(Revista ISTOÉ)

O bilhete escrito por Sebastiana Costa tem linguagem simples, mas nem por isso o que dizem suas palavras deixa de conotar um significado mais profundo,

A

apontado pelo redator do texto, num comentário pessoal, em tom opinativo.

B

indicado no comentário feito pela ministra do Meio Ambiente.

C

esclarecido tão logo irrompem os intensos aplausos do público.

D

evidenciado pela expressão corporal de Sebastiana, ao descer do palco.

E

relacionado ao fato de o público ser composto por adultos recém-alfabetizados.

Gabarito:

indicado no comentário feito pela ministra do Meio Ambiente.



Resolução:



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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