(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questões.
ESCREVO-LHE ESTA CARTA...
Um ano depois, programa de alfabetização no Acre
apresenta resultados acima da média e, como
prova final, bilhetes comoventes
Repleto de adultos recém-alfabetizados, o Teatro
Plácido de Castro, na capital do Acre, Rio Branco, quase
veio abaixo com a leitura do bilhete escrito pela dona de
casa Sebastiana Costa para o marido: “Manoel, eu fui
para aula. Se quiser comida esquente. Foi eu que
escrevi.” Atordoada com os aplausos, a franzina
Sebastiana desceu do palco com a cabeça baixa e os
ombros encurvados.
Casada há trinta anos e mãe de oito filhos, ela só
descontraiu um pouco quando a ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, comentou que o bilhete não
precisava ser interpretado como um desaforo, embora
passasse um sentimento de libertação. Alfabetizada
apenas aos dezessete anos, a ministra Marina conhece
como poucos o drama daqueles que não são capazes
de decifrar o letreiro de um ônibus ou de rabiscar uma
simples mensagem.
(Revista ISTOÉ)
O bilhete escrito por Sebastiana Costa tem linguagem simples, mas nem por isso o que dizem suas palavras deixa de conotar um significado mais profundo,
apontado pelo redator do texto, num comentário pessoal, em tom opinativo.
indicado no comentário feito pela ministra do Meio Ambiente.
esclarecido tão logo irrompem os intensos aplausos do público.
evidenciado pela expressão corporal de Sebastiana, ao descer do palco.
relacionado ao fato de o público ser composto por adultos recém-alfabetizados.
Gabarito:
indicado no comentário feito pela ministra do Meio Ambiente.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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