(FUVEST - 2005 - 1 FASE)
Sobre este quadro, A Negra, pintado por Tarsila do Amaral em 1923, é possível afirmar que
se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da cultura brasileira do período.
representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições das correntes internacionais.
estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, inclusive da pintura.
foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo com os padrões morais da época.
demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não passara por inovações.
Gabarito:
estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, inclusive da pintura.
a) se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da cultura brasileira do período.
Incorreta. É possível sim associar A Negra, pintado por Tarsila do Amaral as mudanças da cultura brasileiro do período em que ela foi criada.
b) representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições das correntes internacionais.
Incorreta. Não se pode afirmar que ela representa uma subordinação e nem que é uma obra sem criatividade.
c) estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, inclusive da pintura.
Correta. Tarsila do Amaral, importante representante do modernismo brasileiro, expressa em “A Negra” a tendência do movimento no sentido de criar uma arte autenticamente nacional, ainda que vinculada em sua origem a uma tendência surgida na Europa (a tela em questão foi pintada por Tarsila em Paris, em 1924).
d) foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo com os padrões morais da época.
Incorreto. Não é possível afirmar que o quadro foi vaiado em sua primeira exposição.
e) demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não passara por inovações.
Incorreto. Não demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, e as produções artísticas passaram por inovações.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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