Questão 50969

(FUVEST - 2005 - 2 FASE) Procedimento de segurança, em auto-estradas, recomenda que o motorista mantenha uma “distância” de 2 segundos do carro que está à sua frente, para que, se necessário, tenha espaço para frear (“Regra dos dois segundos”). Por essa regra, a distância D que o carro percorre, em 2s, com velocidade constante V0, deve ser igual à distância necessária para que o carro pare completamente após frear. Tal procedimento, porém, depende da velocidade V0 em que o carro trafega e da desaceleração máxima α fornecida pelos freios.

a) Determine o intervalo de tempo T0, em segundos, necessário para que o carro pare completamente, percorrendo a distância D referida.

b) Represente, no sistema de eixos da folha de resposta, a variação da desaceleração α em função da velocidade V0, para situações em que o carro pára completamente em um intervalo T0 (determinado no item anterior).

c) Considerando que a desaceleração α depende principalmente do coeficiente de atrito µ entre os pneus e o asfalto, sendo 0,6 o valor de µ, determine, a partir do gráfico, o valor máximo de velocidade VM, em m/s, para o qual a Regra dos dois segundos permanece válida.

Gabarito:

Resolução:

a) 

Temos:

v_{m} = frac{Delta S}{Delta t} = frac{V_{0}+V_{r}}{2}

\ frac{D}{T_{0}} = frac{V_{0}+0}{2} \ \ frac{2D}{V_{0} } = T_{0}  (1) 

frac{D}{V_{0}} = 2  (2)

Comparando 1 e 2, temos: 

T_{0} = 4s

b) 

\ V= V_{0} + gamma t \ \ 0 = V_{0} - alpha T_{0} \ \ alpha = frac{V_{0}}{T_{0}}

Temos que para T0 fixo, então alpha e V0 são proporcionais, veja abaixo: 

c) 

\ V= V_{0} + gamma t \ \ 0 = V_{M} - 6.4 = 24 m/s



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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