(FUVEST - 2006 - 1 FASE )
Preparam-se duas soluções saturadas, uma de oxalato de prata (Ag2C2O4) e outra de tiocianato de prata (AgSCN). Esses dois sais têm, aproximadamente, o mesmo produto de solubilidade (da ordem de 12.10−12). Na primeira, a concentração de íons prata é [Ag+]1 e, na segunda, [Ag+]2 ; as concentrações de oxalato e tiocianato são, respectivamente, [C2O4-2] e [SCN-] . Nesse caso, é correto afirmar que:
[Ag +]1 = [Ag+ ]2 e [C2O4-2] < [SCN-]
[Ag +]1 > [Ag+ ]2 e [C2O4-2] > [SCN-]
[Ag +]1 > [Ag+]2 e [C2O4-2] = [SCN-]
[Ag +]1 < [Ag+ ]2 e [C2O4-2] < [SCN-]
[Ag+]1 = [Ag+ ]2 e [C2O4-2] > [SCN-]
Gabarito:
[Ag +]1 > [Ag+ ]2 e [C2O4-2] > [SCN-]
O enunciado informa que os dois sais possuem o mesmo produto de solubilidade, então podemos escrever
• Reação de dissociação do Ag2C2O4:
Ag2C2O4 ⇌ 2 Ag+ + C2O42-
Expressão da constante de solubilidade do Ag2C2O4:
(1)
A dissociação de 1mol de Ag2C2O4 forma 2mol de íons Ag+ e 1mol de íons C2O42-, então
(2)
Substituindo 2 em 1:
• Reação de dissociação do AgSCN:
Ag2SCN ⇌ Ag+ + SCN-
Expressão da constante de solubilidade do Ag2C2O4:
(3)
A dissociação de 1mol de AgSCN forma 1mol de íons Ag+ e 1mol de íons SCN-, então
(4)
Substituindo 4 em 2:
Fazendo a razão [Ag+]1/[Ag+]2:
Como K < 1, a razão 6√4/K é maior que 1
Portanto
Para comparar as concentrações dos ânions, deve-se escrever os produtos de solubilidade em função de [C2O42-] e [SCN-]:
• Ag2C2O4
• AgSCN
Fazendo a razão [C2O42-]/[SCN-]
Como K < 1, a razão 6√1/16K é maior que 1
Portanto
A alternativa correta é a letra b) [Ag +]1 > [Ag+ ]2 e [C2O4-2] > [SCN-]
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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