(FUVEST - 2006 - 1 FASE ) Vegetius, escrevendo no século IV a. C., afirmava que os romanos eram menos numerosos que os gauleses, menores em tamanho que os germanos, mais fracos que os espanhóis, não tão astutos quanto os africanos e inferiores aos gregos em inteligência criativa. Obviamente Vegetius considerava os romanos, como guerreiros, superiores a todos os demais povos. Já para os historiadores, o fato de os romanos terem conseguido estabelecer, e por muito tempo, o seu vasto império, o maior já visto até então, deveu-se sobretudo
à inferioridade cultural dos adversários.
ao espírito cruzadista da religião cristã.
às condições geográficas favoráveis do Lácio.
à política, sábia, de dividir para imperar.
à superioridade econômica da Península itálica.
Gabarito:
à política, sábia, de dividir para imperar.
a) à inferioridade cultural dos adversários.
Incorreta. Aos historiadores não cabe julgar se uma cultura é superior a outra.
b) ao espírito cruzadista da religião cristã.
Incorreta. As cruzadas se dão posteriormente ao declínio romano, a partir do século XI.
c) às condições geográficas favoráveis do Lácio.
Incorreta. As condições geográficas de Lácio, sozinhas, não constituem a explicação principal para a questão: Lácio era apenas a capital, não explicando, portanto, o sucesso romano em se expandir por um território muito mais vasto que este. Ainda que tenha sido um dos fatores, a duração do Império de Roma não dependeu majoritariamente de condições geográficas, mas sim da conduta política que possibilitou a manutenção de domínios tão extensos.
d) à política, sábia, de dividir para imperar.
Correta. Dividir para dominar (divide et impera) foi um conceito muito utilizado pelo governante romano César, e era o lema da política administrada.
e) à superioridade econômica da Península itálica.
Incorreta. Tal aspecto foi inexistente.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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