Questão 59007

(FUVEST - 2006) De uma publicação francesa, em 1787: “Quais são as fontes da força econômica da Inglaterra? – o comércio marítimo e a agricultura; a agricultura, sobretudo, é lá mais conhecida do que em qualquer outra parte, e, geralmente, praticada segundo princípios diferentes”.

Podemos deduzir que os “princípios diferentes” aos quais a frase se refere são os do:

A

feudalismo.

B

capitalismo.

C

mercantilismo.

D

cooperativismo.

E

escravismo.

Gabarito:

capitalismo.



Resolução:

a) feudalismo.

Incorreta. Naquele contexto, o feudalismo já estava sendo superado. 

b) capitalismo.

Correta.  A reflexão da questão aborda a Inglaterra no século XVIII em momentos que antecederam a Revolução Industrial, então em curso. No entanto, antes da industrialização, desde meados do século XVI, a Inglaterra conheceu transformações significativas na propriedade rural, derivada dos cercamentos, quando a terra passou para as mãos da "gentry", transformando-se em mercadoria e, ao mesmo tempo, ampliando a produtividade. Durante a industrialização ocorreu um desenvolvimento agrícola aliado às mudanças tecnológicas, que gerou aumento da produtividade no campo. Todos esses elementos nos remetem a organização capitalista da produção - a qual sua etapa inicial, o capitalismo mercantil, foi fundamental superando as características feudais, vigentes nos demais países da Europa Ocidental especialmente até a modernidade. 

c) mercantilismo.

Incorreto. O mercantilismo infere a busca pela balança comercial favorável, o colonialismo, metalismo, monopólio e criação de manufaturas (além do intervencionismo). Nesse sentido, nota-se que os ingleses incorporavam o mercantilismo na busca pela balança comercial favorável, mas a produção rural local passou por transformações que se destoavam do cenário internacional e fomentaram as transformações no contexto geral da economia que se desenvolveram a partir da Revolução Industrial, ou seja, essas mudanças inseriam a lógica capitalista de produção que iria se acentuar após a Revolução Industrial. 

d) cooperativismo.

Incorreto. Esses princípios diferentes não estão relacionados com a ideia do cooperativismo. 

e) escravismo.

Incorreta. Na Revolução Francesa, havia uma crítica geral sob o "Antigo Regime", que se estruturava não só sob o escravismo. O texto de apoio faz menção à face econômica do Antigo Regime, que baseada no comércio marítimo e na agricultura.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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