(FUVEST)
Na América Latina, no século XX, aconteceram duas grandes revoluções: a Mexicana, de 1910, e a Cubana, de 1959. Em ambas, os:
camponeses sem terra lideraram sozinhos os movimentos.
EUA enviaram tropas que lutaram e quase derrotaram os rebeldes.
grupos socialistas iniciaram a luta armada, tornando hegemônicas suas ideias.
revolucionários derrubaram governos autoritários e alcançaram a vitória.
programas revolucionários foram cópias de movimentos europeus.
Gabarito:
revolucionários derrubaram governos autoritários e alcançaram a vitória.
A Revolução Mexicana, iniciada em 1910 e finalizada em meados de 1917, após a proclamação da Constituição do México, teve como principal objetivo impedir a continuidade do governo de Porfírio Díaz, ditador que havia assumido a presidência em 1876. O governo de Porfirio Díaz se destacou por um certo desenvolvimento industrial, porém, com imensas desigualdades sociais e perda de direitos à terra por parte dos indígenas, que na época faziam parte da maior parte da população do México. Ao longo de 7 anos diversos líderes revolucionários assumiram o comando do governo (através de golpes) por curtos períodos. Os grupos de oposição a Porfírio Díaz era muito heterogêneos e isso explica os vários líderes que governaram o país ao longo da revolução, entre eles, liberais, camponeses, trabalhadores urbanos, sindicalistas e anarquistas. Entre os líderes dos movimentos revolucionários é importante destacar Emiliano Zapata, considerado até hoje um dos heróis nacionais do México, e fonte de inspiração para o Movimento Zapatista, formado na década de 1990. Apesar da forte oposição ao governo ditatorial da época, a Revolução Mexicana não foi socialista, visto que essas ideias ainda não haviam sido difundidas, pois nem mesmo a União Soviética havia sido formada na época.
A Revolução Cubana, iniciada em 1959, foi organizada principalmente pelo Movimento 26 de Julho (M-26-7) e líderada pelos irmãos Fidel Castro e Raúl Castro, juntamente com o médico Che Guevara. Inicialmente o movimento teve como objetivo depôr o ditador Fulgêncio Batista, porém, a influência da União Soviética (que já era uma potência econômica na época) fez com que diversas mudanças sociais e econômicas fossem implementadas na ilha de Cuba, que passou a ter uma economia socialista.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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