(FUVEST - 2007 - 1a fase) “Não há hoje a menor razão para que desconheçamos a importância da parte indígena na população do Brasil; e menos ainda para que, apaixonados, [de]clamemos contra selvagens que por direito natural defendiam sua liberdade, independência e as terras que ocupavam... De mais, a terra é quem dá a nacionalidade a seus filhos; e dessa nacionalidade não são excluídos os que primeiro aqui nasceram antes dos seus conquistadores.”
Gonçalves de Magalhães, Os indígenas do Brasil perante a História, 1860.
Este texto
constituía o preâmbulo da lei do Império sobre a concessão da cidadania aos indígenas.
espelhava a opinião dominante na sociedade da época, que era favorável aos indígenas.
justificava a transformação dos indígenas em tema do romantismo brasileiro
apresentava-se como ultrapassado, uma vez que os indígenas já haviam sido dizimados.
separava os indígenas da população brasileira, pois eles eram vistos como selvagens.
Gabarito:
justificava a transformação dos indígenas em tema do romantismo brasileiro
a) constituía o preâmbulo da lei do Império sobre a concessão da cidadania aos indígenas.
Incorreta. Tal aspecto só se tornou realidade no Brasil com a constituição de 1988.
b) espelhava a opinião dominante na sociedade da época, que era favorável aos indígenas.
Incorreta. Gonçalves de Magalhães juntamente ao seu movimento literário propunha uma revisão dos ideais hegemônicos na sociedade brasileira, que via os nativos como selvagens graças à visão eurocêntrica de evolucionismo social.
c) justificava a transformação dos indígenas em tema do romantismo brasileiro.
Correta.
d) apresentava-se como ultrapassado, uma vez que os indígenas já haviam sido dizimados.
Incorreta. Apesar do genocídio e da dominação, as populações nativas resistiram bravamente e até hoje conservam seus aspectos culturais característicos.
e) separava os indígenas da população brasileira, pois eles eram vistos como selvagens.
Incorreta. O texto propõe uma revisão desse ideal.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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