Questão 46136

(FUVEST - 2007 - 2 fase - Questão 6)

Esses dois quadros, pintados em datas muito próximas, indicam a placidez de São Paulo (1827) e a agitação do Rio de Janeiro (1832) nessa época. Considerando os contextos sugeridos pelas duas pinturas responda:

 

a) Quais as principais características das duas cidades, em termos econômicos?

b) Quais as diferenças existentes entre elas em termos políticos e culturais?

Gabarito:

Resolução:

a) No caso de São Paulo, na época um pequeno vilarejo colonial, predominava a produção agrícola alimentícia (milho, feijão, arroz, etc.) e um pequeno comércio que visava o abastecimento local. Já no Rio de Janeiro, capital nacional e sede dos três poderes, se pautava por uma intensa atividade comercial estruturada em importações e exportações, visto a importância de seu porto.

b) Politicamente, nota-se que São Paulo era a capital provincial, ocupando uma posição marginal na política imperial, enquanto o Rio de Janeiro era a capital do Império, ou seja, era sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário, sendo o centro de todas as decisões políticas e o palco principal para os conflitos relacionados ao poder. Culturalmente, São Paulo só começou a tornar relevante justamente em 1827, com a fundação da Faculdade de Direito, antes disso, era um ambiente cultural bastante modesto. Por outro lado, o Rio de Janeiro já se destacava como centro cultural, tanto por prover-se de elementos como teatros e bibliotecas, quanto por ser o principal ponto de contato do Brasil com influências culturais estrangeiras — fora a preeminência no campo sociopolítico, como capital nacional. 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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