Questão 14227

(FUVEST - 2008 - 1ª FASE)

A charge apresentada, satirizando uma situação problemática, comum às grandes cidades, sugere a
I. importância da circulação para a dinâmica das atividades urbanas, exigindo da municipalidade a produção de soluções.
II. hegemonia do automóvel particular frente ao transporte público coletivo, resultando em entraves à fluidez do tráfego viário.
III. ausência de instrumentos legais de planejamento urbano, impedindo o processo de metropolização.


Está correto o que se afirma em

A
I, apenas.
B
I e II, apenas.
C
III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.

Gabarito: I e II, apenas.

Resolução:

I) correta: a charge ironiza justamente as soluções que o Estado toma mediante a logística de movimentação nas áreas urbanas. 

II) correta:  a questão traz uma critica a um grave problema urbano relacionado ao colapso do sistema de transporte. Na charge, há uma sequência na qual se observa: (I) a imagem de um congestionamento no trânsito de uma cidade. (II) demonstra que não existe solução para o problema. (III) Tomada de uma medida drástica. (IV) Crianção de uma "nova" via, sem congestionamentos. A (II) fala: hegemonia do automóvel particular frente ao transporte público coletivo, resultando em entraves à fluidez do tráfego viário. Isso quer dizer que existem mais carros do que outro tipo de transporte e atrapalha no melhor andamento do trânsito, isto está correto por se relacionar ao primeiro quadrinho.

III) incorreta:  está se afirmando que não há ausência de depósitos legais, mas na charge mostra a pavimentação, a demolição de casas que são considerados legais e dispositivos que servem ao ordenamento e planejamento urbano, e para além disso não há o impedimento da metropolização



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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