Questão 2640

(FUVEST - 2008 - 1ª FASE) A frase em que todos os vocábulos grifados estão corretamente empregados é:

A

Descobriu-se,  instantes, a verdadeira razão por que a criança se recusava à frequentar a escola.

B

Não se sabe, de fato, porquê o engenheiro preferiu destruir o pátio a adaptá-lo as novas normas.

C

Disse-nos, já a várias semanas, que explicaria o porque da decisão tomada às pressas naquela reunião.

D

Chegava tarde, porque precisava percorrer a pé uma distância de dois à três quilômetros.

E

Não prestou contas à associação de moradores, não compareceu à audiência e até hoje não disse por quê.

Gabarito:

Não prestou contas à associação de moradores, não compareceu à audiência e até hoje não disse por quê.



Resolução:

a) Descobriu-se, HÁ instantes, a verdadeira razão POR QUE a criança se recusava À frequentar a escola.

Incorreta. Não se utiliza crase diante de verbos.

Descobriu-se, HÁ instantes, a verdadeira razão POR QUE a criança se recusava A frequentar a escola.

b) Não se sabe, de fato, PORQUÊ o engenheiro preferiu destruir o pátio A adaptá-lo as novas normas.

O uso do "porquê" está incorreto, devendo ser substituído por "por que"

Não se sabe, de fato, POR QUE o engenheiro preferiu destruir o pátio A adaptá-lo as novas normas.

c) Disse-nos, já A várias semanas, que explicaria o PORQUE da decisão tomada ÀS pressas naquela reunião.

O uso do "A" está incorreto, fazendo referência a um fato no passado o correto é usar o verbo haver. O "porque" também está incorreto, na função de substantivo, podendo ser substituído por razão/motivo, emprega-se "porquê". 

Disse-nos, já HA várias semanas, que explicaria o PORQUÊ da decisão tomada ÀS pressas naquela reunião

d) Chegava tarde, PORQUE precisava percorrer A pé uma distância de dois À três quilômetros.

A crase está empregada de forma incorreta, não a usamos nesse caso.

Chegava tarde, PORQUE precisava percorrer A pé uma distância de dois A três quilômetros.

e) Não prestou contas À associação de moradores, não compareceu À audiência e até hoje não disse POR QUÊ.

O emprego das expressões em destaque estão corretos.

Prestar contas a alguma coisa (exige preposição "a") + substantivo feminino = à 

Comparecer a algum lugar (exige preposição "a") + substantivo feminino = à

Por quê: é usado em interrogações (diretas ou indiretas) nos finais de frase. 

Dessa maneira, a alternativa correta é a letra [E]. 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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