(FUVEST - 2008 - 1ª FASE) A frase em que todos os vocábulos grifados estão corretamente empregados é:
Descobriu-se, há instantes, a verdadeira razão por que a criança se recusava à frequentar a escola.
Não se sabe, de fato, porquê o engenheiro preferiu destruir o pátio a adaptá-lo as novas normas.
Disse-nos, já a várias semanas, que explicaria o porque da decisão tomada às pressas naquela reunião.
Chegava tarde, porque precisava percorrer a pé uma distância de dois à três quilômetros.
Não prestou contas à associação de moradores, não compareceu à audiência e até hoje não disse por quê.
Gabarito:
Não prestou contas à associação de moradores, não compareceu à audiência e até hoje não disse por quê.
a) Descobriu-se, HÁ instantes, a verdadeira razão POR QUE a criança se recusava À frequentar a escola.
Incorreta. Não se utiliza crase diante de verbos.
Descobriu-se, HÁ instantes, a verdadeira razão POR QUE a criança se recusava A frequentar a escola.
b) Não se sabe, de fato, PORQUÊ o engenheiro preferiu destruir o pátio A adaptá-lo as novas normas.
O uso do "porquê" está incorreto, devendo ser substituído por "por que"
Não se sabe, de fato, POR QUE o engenheiro preferiu destruir o pátio A adaptá-lo as novas normas.
c) Disse-nos, já A várias semanas, que explicaria o PORQUE da decisão tomada ÀS pressas naquela reunião.
O uso do "A" está incorreto, fazendo referência a um fato no passado o correto é usar o verbo haver. O "porque" também está incorreto, na função de substantivo, podendo ser substituído por razão/motivo, emprega-se "porquê".
Disse-nos, já HA várias semanas, que explicaria o PORQUÊ da decisão tomada ÀS pressas naquela reunião
d) Chegava tarde, PORQUE precisava percorrer A pé uma distância de dois À três quilômetros.
A crase está empregada de forma incorreta, não a usamos nesse caso.
Chegava tarde, PORQUE precisava percorrer A pé uma distância de dois A três quilômetros.
e) Não prestou contas À associação de moradores, não compareceu À audiência e até hoje não disse POR QUÊ.
O emprego das expressões em destaque estão corretos.
Prestar contas a alguma coisa (exige preposição "a") + substantivo feminino = à
Comparecer a algum lugar (exige preposição "a") + substantivo feminino = à
Por quê: é usado em interrogações (diretas ou indiretas) nos finais de frase.
Dessa maneira, a alternativa correta é a letra [E].
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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