(FUVEST - 2008 - 1ª FASE) Considerando as massas de ar que atuam no território brasileiro e alguns de seus efeitos, analise o quadro abaixo e escolha a associação correta.
A
B
C
D
E
Gabarito:
A
A)Correta, pois, as características mEa são as seguintes:
• Quente e Úmida
• Ocorre sobre oceanos Atlântico e Pacífico na convergência dos alísios (ZCIT)
• Desloca-se latitudinalmente durante o ano
• No Verão sua localização estende-se até 8° S. (próximo a linha do equador)
• Inverno do hemisfério sul – retorna ao hemisfério norte
• Atuação parte do Norte e Nordeste brasileiro
• Ao encontro com a mPa, provoca chuvas de frentes ou frontais, com alta intensidade.
B)Incorreta, pois, as características mEc são as seguintes:
• Quente e Úmida
• Forma-se na região amazônica – região de baixa pressão
• Movimento convectivo devido à convergência dos alísios
• Verão estende-se para o sul
• Inverno retrai-se
• Provoca chuvas na Amazônia e em boa parte do país durante vários meses do ano.
• O principal fator para a grande umidade é a presença da floresta Amazônica.
• O recuo da mEc no inverno e ao mesmo tempo o avanço da mPa (Massa Polar Atlântica), proporciona o fenômeno denominado de friagem.
C)Incorreta, pois, as características mTa são as seguintes:
• Forma-se sobre oceanos Atlântico (e Pacífico)
• Associada aos anticiclones do Atlântico Sul (e do Pacífico Sul)
• Ar subsidente quente e seco que se superpõe ao ar úmido e menos aquecido (camada de inversão entre 500 e 1500 m)
• Duas camadas
Inferior – fria e úmida
Superior – quente e seca
(De forma geral essa massa é caracterizada como quente e úmida.
• Nuvens cúmulos de pouca extensão
• Pouca chuva associada à orografia e no litoral
• No inverno com o deslocamento do anticiclone do Atlântico Sul para o continente, esta massa passa a ser uma massa subsidente continental (CS), incapaz de provocar se quer formação de nuvens – céu claro, sem nuvens, sem chuvas – estação seca.
• A massa tropical do Pacífico – no verão transborda por cima da Cordilheira dos Andes e se associa a continental tropical, alimentando a depressão do Chaco.
• Possui seu centro de formação próximo ao Trópico de Capricórnio
• Atua em extensas faixas do litoral brasileiro
• A região Sudeste contribui para a formação de chuvas orográficas (ou chuvas de relevo) durante o verão.
D)Incorreta, pois as características mTc são as seguintes:
• Quente e Seca
• Associada à Baixa (depressão) do Chaco (parte na Argentina e no Paraguaia)
• Resultado do grande aquecimento no verão
• Massa de ar quente e seca, instável com atividade convectiva intensa até 3000 m
• Precipitação fraca, céu pouco nublado o que favoreceu ainda mais o aquecimento diurno e resfriamento noturno
• Essa massa pode provocar, sobretudo, no Centro-Oeste, com a alternância das estações, períodos chuvosos e também secos, assim, determinando o ritmo da vida no bioma do Pantanal. Durante a época das chuvas (novembro até abril), as águas cobrem dois terços da região, pois o fato de está cercada de montanhas, aliado às baixas altitudes, dificulta o escoamento das chuvas. A época da vazante começa em maio, deixando uma camada de húmus sobre o solo que, de maneira geral, são pobres e têm excesso de sal. É bem verdade que essa cheias estão diretamente vinculadas, ao mesmo tempo, a avanço da mEc.
E)Incorreta, pois, as características mPa são as seguintes:
• Fria e Úmida (Sua umidade refere-se ao percurso, zona polar ao continente americano, sobre o oceano atlântico)
• Associada aos anticiclones migratórios
• Inicialmente é estável
• Ao se deslocar, desaparece a inversão e torna-se instável
• Mais intensas no inverno, destacando-se sobre os continentes nesta estação, atingindo as baixas latitudes.
• Sua origem ao entrar no Brasil está relacionada nas porções do Oceano Atlântico próximo a Patagônia (sul da Argentina)
• Ao penetrar no Brasil sob a forma de frente fria, provoca chuvas e declínio da temperatura.
• Seu avanço ao litoral brasileira destaque para o Nordeste, provoca chuvas de frentes ou frontal (Ex.: mPa em encontro com a mTa).
• O encontro com a mEc e mTa, proporciona chuvas com alta intensidade. (Ex.: as chuvas da Região Serrana do Rio de Janeiro, ocasionando um grande desastre).
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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